Um confronto público entre o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e seu presidente de honra do partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, acabou de reavivar a crise interna da sigla. Um dia depois de FHC criticar, em entrevista concedida à TVJB, a visita de Tasso ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tucanos já não escondiam suas queixas ao comando do partido, da falta de diálogo à ausência de agenda de oposição. FHC, por sua vez, foi acusado de alimentar divergências. Lembrando que Tasso participara de uma reunião da Executiva na véspera do encontro com Lula, tucanos reclamam de não terem sido informados sobre a audiência. "A única coisa que sei é que Tasso visitou o presidente. Soube pela imprensa", criticou o líder da minoria, Júlio Redecker (PSDB-RS). "Qualquer visita ao presidente deve ter pauta definida. Como a pauta não foi divulgada, não dá para avaliar", disse o deputado Leonardo Villela (GO).
Reação
No ano passado, FHC chegou a consultar tucanos sobre a destituição de Tasso da presidência. Anteontem, condenou a aproximação entre o PSDB e Lula: "O povo está olhando para nós e dizendo: o que vocês são, peixe ou carne de vaca?"
Afirmando estar afinado com FHC, o governador de São Paulo, José Serra, disse que não se considera destinatário da crítica, apesar de também ter ido ao Planalto. "O governador é eleito em São Paulo para cuidar do Estado. Então tem que ter relações administrativas [com o governo federal]", justificou Serra, que é alvo de críticas.
No Senado, tucanos reagiram a FHC. Criticado por ele na crise do mensalão, o senador Eduardo Azeredo o acusou de "estimular a cizânia". O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), chamou "de pouco construtiva" a discussão sobre a visita de Tasso. "Melhor construir a unidade do partido."
Azeredo disse que Serra e o governador de Minas, Aécio Neves, são os líderes que devem ser mais ouvidos pelo partido. Para Redecker, FHC poderia estar "chateado" porque Aécio e Serra defenderam o fim da reeleição. "FHC deu as bases para o desenvolvimento. Mas o momento é outro", ressaltou.
A visita a Lula não é a única fonte de discórdia. Dividida sobre a própria sucessão, a sigla é acusada de desorganização. "Não temos agenda até agora. Falta iniciativa da direção", disse o deputado Ricardo Tripoli. O deputado Arnaldo Madeira diz que a criação de CPIs, no Senado e na Câmara, sobre crise aérea, mostra "crise de identidade". "As pessoas cobram: "o PSDB é oposição ou não?'"
"As bancadas estão descoordenadas", endossou o deputado Paulo Renato Souza (SP).
O deputado Carlos Alberto Leréia (GO) reclama da distância entre direção do partido e base. "O presidente tem que ouvir as lideranças. Para vencer em 2010, precisamos de alguém com o pique do Tasso de 1993", disse, em alusão à atuação de Tasso na eleição de FHC.
Reação
No ano passado, FHC chegou a consultar tucanos sobre a destituição de Tasso da presidência. Anteontem, condenou a aproximação entre o PSDB e Lula: "O povo está olhando para nós e dizendo: o que vocês são, peixe ou carne de vaca?"
Afirmando estar afinado com FHC, o governador de São Paulo, José Serra, disse que não se considera destinatário da crítica, apesar de também ter ido ao Planalto. "O governador é eleito em São Paulo para cuidar do Estado. Então tem que ter relações administrativas [com o governo federal]", justificou Serra, que é alvo de críticas.
No Senado, tucanos reagiram a FHC. Criticado por ele na crise do mensalão, o senador Eduardo Azeredo o acusou de "estimular a cizânia". O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), chamou "de pouco construtiva" a discussão sobre a visita de Tasso. "Melhor construir a unidade do partido."
Azeredo disse que Serra e o governador de Minas, Aécio Neves, são os líderes que devem ser mais ouvidos pelo partido. Para Redecker, FHC poderia estar "chateado" porque Aécio e Serra defenderam o fim da reeleição. "FHC deu as bases para o desenvolvimento. Mas o momento é outro", ressaltou.
A visita a Lula não é a única fonte de discórdia. Dividida sobre a própria sucessão, a sigla é acusada de desorganização. "Não temos agenda até agora. Falta iniciativa da direção", disse o deputado Ricardo Tripoli. O deputado Arnaldo Madeira diz que a criação de CPIs, no Senado e na Câmara, sobre crise aérea, mostra "crise de identidade". "As pessoas cobram: "o PSDB é oposição ou não?'"
"As bancadas estão descoordenadas", endossou o deputado Paulo Renato Souza (SP).
O deputado Carlos Alberto Leréia (GO) reclama da distância entre direção do partido e base. "O presidente tem que ouvir as lideranças. Para vencer em 2010, precisamos de alguém com o pique do Tasso de 1993", disse, em alusão à atuação de Tasso na eleição de FHC.
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