Pane em avião da TAM dá susto em políticos


Um avião da TAM em que viajava o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), sofreu uma pane elétrica ontem, com o desligamento das duas turbinas, e deixou em pânico os 78 passageiros que viajavam de Natal para Brasília. O jato retornou ao aeroporto da capital do Rio Grande do Norte. O incidente aconteceu no vôo JJ 3371 Natal-Brasília, depois de 40 minutos de ter saído de Natal, quando decolou às 15h17, com quase uma hora de atraso, segundo os passageiros. Tudo aconteceu em questão de segundos.

O motor passou a apresentar um barulho diferente - relatou o presidente do Senado. - O piloto agiu rápido, foi profissional, e avisou ao microfone. Eu estava lendo, nem percebi, porque pensei que fosse uma informação rotineira quando o comandante explicou.

Apesar da tranqüilidade de Garibaldi, houve desespero entre os passageiros nos poucos segundos em que houve pane, segundo contou o deputado federal Felipe Maia (DEM-RN), também no vôo.

O avião começou a cair. O piloto arremeteu, foi muito experiente - explicou o deputado. - Quando as luzes acenderam, veio um alarme. Uma pessoa desmaiou, várias rezaram. Olhei para o Garibaldi e ele lia jornal, mas duas meninas ao meu lado estavam com terço nas mãos, chorando e rezando.

De acordo com a TAM, o avião "retornou ao aeroporto de origem após a decolagem em virtude de pane elétrica, pousando normalmente às 16h35".

Além de Garibaldi e do deputado Felipe Maia, estavam no vôo o filho do senador, deputado estadual Valter Alves (PMDB), o deputado federal João Maia (PR-RN) e o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.

Pela prerrogativa do cargo, Garibaldi Alves tem o direito de usar jatos da Força Aérea Brasileira para se deslocar pelo país por compromissos pessoais e oficiais. Mesmo assim, o senador disse que só pretende recorrer à FAB em casos de emergência.

Vou continuar voando pelas companhias - disse o senador.

O jato da FAB que buscaria ontem à noite o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, no Recife, passaria em Natal para levar também Garibaldi para Brasília, nesta madrugada.

Multa eleitoral

O presidente do Senado vai ter de pagar uma multa de R$ 21.282 (20 mil Ufir), por propaganda eleitoral fora do prazo, quando era ainda pré-candidato, no ano passado, ao governo estadual. O ministro Gerardo Grossi, do Tribunal Superior Eleitoral, confirmou a penalidade aplicada ao senador pelo Tribunal Regional Eleitoral potiguar.

Garibaldi e o PMDB local haviam sido denunciados em representação ajuizada pelo PSB, mas o diretório do PMDB recorreu ao TSE, sob o argumento de que não houve promoção de candidatura ou enaltecimento da imagem do senador e ex-governador. Ele teria, apenas, "traçado um paralelo entre as administrações, o que é permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral". Ao negar o recurso, o relator Geraldo Grosi citou trechos dos autos que refutam o argumento da legenda.

Em abril do ano passado, em programa partidário gratuito, exibido no horário nobre em rede televisiva, o PMDB potiguar teria feito propaganda para o então candidato.


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