Indicadores geram clima positivo


A coordenação política do governo concluiu ontem que recentes indicadores locais da economia geraram uma "reação positiva" dos agentes econômicos que atuam no Brasil em relação aos efeitos da crise financeira global no país, informou fonte do Palácio do Planalto.

Para o governo, por exemplo, as recentes notícias de que empresários continuam a investir e que a demanda por automóveis caiu menos do que o esperado sinalizam que os efeitos da crise financeira global no Brasil não serão tão prejudiciais como o estimado anteriormente.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, lembrou que o setor automotivo registrou crescimento de 92,7% na produção de automóveis em janeiro, em comparação a dezembro de 2008.

Mesmo assim, o Planalto avaliou que a conjuntura continuará a demandar medidas. O plano para incentivar a habitação, que vem sendo elaborado pelo governo, deve ser lançado depois do Carnaval.

Apesar do otimismo do governo, pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo Banco Central revelou que o mercado cortou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 1,50%, ante a expectativa de 1,70% registrada na semana passada.

Agenda positiva

Os integrantes da coordenação política do governo decidiram que definirão, com a ajuda dos ministérios, uma agenda legislativa para o Executivo. As reformas política e tributária são consideradas prioritárias pelo Palácio do Planalto. Ontem, o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), voltou a reiterar que esses dois temas serão prioridade na pauta de votação da Casa ainda no primeiro semestre deste ano.

As discussões sobre o tema foram preliminares e um levantamento ainda será feito com os demais ministros do governo para que apontem projetos em suas áreas de atuação. O assunto deve ser retomado durante a reunião do Conselho Político, que ocorre na próxima quarta-feira com a participação de líderes de partidos da base aliada do governo.

O governo também considerou positivo o resultado do encontro com prefeitos, promovido na semana passada. Para os integrantes do núcleo político do Executivo, o evento atingiu o objetivo de aproximar as prefeituras dos programas do governo federal, criando uma parceria mais concreta com os governos locais.

A oposição acusa o governo de usar o encontro para promover a pré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência nas eleições de 2010, o que é rechaçado pelo Planalto.

Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma, integram a coordenação política do governo os ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), Franklin Martins (Comunicação Social), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), Tarso Genro (Justiça), Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento).

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