A crise econômica acabou no Brasil na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestada ontem na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão". Para Lula, essa etapa "está vencida". Assim, ele conclamou os empresários a retomar planos anteriormente abandonados e disse para não perderem "este momento histórico".
Lula lembrou a sequência de oportunidades de investimentos do setor privado no país, com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a realização da Copa do Mundo de futebol em 2014 no Brasil e a possibilidade de o Rio de Janeiro ser escolhido a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 - a escolha será no dia 2 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca.
"Agora não é mais o momento de dar antibióticos (para o país), é hora de dar vitaminas", disse Lula, parafraseando o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Em intervenção, pouco antes, Meirelles havia citado, entre os méritos do governo brasileiro que ajudaram o Brasil a enfrentar a crise, a aplicação dos remédios "certos nos momentos adequados". Para Lula, o momento agora é outro. "É hora de fazer investimentos", disse.
O presidente destacou, no entanto, que embora estimule o investimento, não abrirá mão da política econômica adotada durante seu mandato. "Não vamos abrir mão da responsabilidade fiscal, nem vamos deixar de lado o combate à inflação", frisou. "Não vamos abandonar as medidas que deram certo."
Segundo Lula, "está por um fio a construção de um grande país", o que, para ele, só será possível porque as pessoas aprenderam com os próprios erros. "A partir de hoje podemos dizer que acabou a empáfia neste país", afirmou o presidente, criticando os governos anteriores por imaginarem que "sabiam de tudo", e lançarem planos econômicos como "coelhos tirados da cartola".
"Hoje a suprema corte brasileira (o Supremo Tribunal Federal) está cheia de ações de planos Verão, Bresser, do tempo em que os governos criavam planos sem se preocupar com quem pagaria a conta", disse Lula.
O presidente afirmou que também acabou a empáfia "dos empresários que achavam que o Estado não servia para nada, e dos trabalhadores, que não se sentavam com os empresários para conversar, com medo de serem cooptados". Ao defender a reação do governo à crise, Lula queixou-se do que considera um complexo de inferioridade da sociedade brasileira, que, segundo comentou, imagina ser formada por homens e mulheres de segunda classe. "Se não fosse o mercado de consumo interno, se não tivéssemos bancos públicos fortes como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, a crise teria jogado este país no caos", acrescentou.
Ele defendeu as políticas sociais, especialmente o Bolsa Família e prometeu que elas serão transformadas em política de Estado. "A qualidade das políticas que fizemos nestes anos não pode ser destruída", disse. "Reclamam de dar R$ 100 para uma pessoa, mas ela faz milagre com esses R$ 100", argumentou. "Se o Bolsa Família terminar, o que vai se fazer o que com estes R$ 12 bilhões? Construir uma ponte ou uma estrada?"
O presidente também aproveitou, mais uma vez, para criticar a imprensa, afirmando que cenários sombrios traçados em manchetes de jornais levaram pânico a setores da economia e a demissões de trabalhadores. Sem citar nomes, Lula disse que dois empresários ligaram para ele durante o auge da crise afirmando que, para eles, nada estava acontecendo. "Eles me diziam que continuavam vendendo bem os seus produtos, que o público deles não tinha sentido qualquer efeito da crise."
Lula também sugeriu aos empresários do Conselhão que criassem um subgrupo para estruturar "a cadeia produtiva do pré-sal". Para o presidente, é preciso que a indústria brasileira comece o mais rapidamente possível a pensar nisso, pois grandes projetos - como a construção de navios, sondas e plataformas - levam seis, sete, oito anos para se materializarem.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, reconheceu o esforço do governo, mas cobrou medidas adicionais. "O mercado interno está consolidado mas ainda enfrentaremos problemas para exportação dos produtos. Além disso, é irracional a política do governo de manter a taxação em investimentos", criticou.
Lula lembrou a sequência de oportunidades de investimentos do setor privado no país, com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a realização da Copa do Mundo de futebol em 2014 no Brasil e a possibilidade de o Rio de Janeiro ser escolhido a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 - a escolha será no dia 2 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca.
"Agora não é mais o momento de dar antibióticos (para o país), é hora de dar vitaminas", disse Lula, parafraseando o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Em intervenção, pouco antes, Meirelles havia citado, entre os méritos do governo brasileiro que ajudaram o Brasil a enfrentar a crise, a aplicação dos remédios "certos nos momentos adequados". Para Lula, o momento agora é outro. "É hora de fazer investimentos", disse.
O presidente destacou, no entanto, que embora estimule o investimento, não abrirá mão da política econômica adotada durante seu mandato. "Não vamos abrir mão da responsabilidade fiscal, nem vamos deixar de lado o combate à inflação", frisou. "Não vamos abandonar as medidas que deram certo."
Segundo Lula, "está por um fio a construção de um grande país", o que, para ele, só será possível porque as pessoas aprenderam com os próprios erros. "A partir de hoje podemos dizer que acabou a empáfia neste país", afirmou o presidente, criticando os governos anteriores por imaginarem que "sabiam de tudo", e lançarem planos econômicos como "coelhos tirados da cartola".
"Hoje a suprema corte brasileira (o Supremo Tribunal Federal) está cheia de ações de planos Verão, Bresser, do tempo em que os governos criavam planos sem se preocupar com quem pagaria a conta", disse Lula.
O presidente afirmou que também acabou a empáfia "dos empresários que achavam que o Estado não servia para nada, e dos trabalhadores, que não se sentavam com os empresários para conversar, com medo de serem cooptados". Ao defender a reação do governo à crise, Lula queixou-se do que considera um complexo de inferioridade da sociedade brasileira, que, segundo comentou, imagina ser formada por homens e mulheres de segunda classe. "Se não fosse o mercado de consumo interno, se não tivéssemos bancos públicos fortes como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, a crise teria jogado este país no caos", acrescentou.
Ele defendeu as políticas sociais, especialmente o Bolsa Família e prometeu que elas serão transformadas em política de Estado. "A qualidade das políticas que fizemos nestes anos não pode ser destruída", disse. "Reclamam de dar R$ 100 para uma pessoa, mas ela faz milagre com esses R$ 100", argumentou. "Se o Bolsa Família terminar, o que vai se fazer o que com estes R$ 12 bilhões? Construir uma ponte ou uma estrada?"
O presidente também aproveitou, mais uma vez, para criticar a imprensa, afirmando que cenários sombrios traçados em manchetes de jornais levaram pânico a setores da economia e a demissões de trabalhadores. Sem citar nomes, Lula disse que dois empresários ligaram para ele durante o auge da crise afirmando que, para eles, nada estava acontecendo. "Eles me diziam que continuavam vendendo bem os seus produtos, que o público deles não tinha sentido qualquer efeito da crise."
Lula também sugeriu aos empresários do Conselhão que criassem um subgrupo para estruturar "a cadeia produtiva do pré-sal". Para o presidente, é preciso que a indústria brasileira comece o mais rapidamente possível a pensar nisso, pois grandes projetos - como a construção de navios, sondas e plataformas - levam seis, sete, oito anos para se materializarem.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, reconheceu o esforço do governo, mas cobrou medidas adicionais. "O mercado interno está consolidado mas ainda enfrentaremos problemas para exportação dos produtos. Além disso, é irracional a política do governo de manter a taxação em investimentos", criticou.
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