Em 80 dias, Casa votou 14 projetos

Perto de completar três meses da atual legislatura, a maior Assembléia Legislativa do País registra um desempenho que os próprios deputados consideram modesto. Em 80 dias de trabalho, desde a posse em 15 de março, os 94 deputados do Legislativo paulista aprovaram somente dois projetos de lei de maior relevância. Ambos do Executivo e votados sob pressão do governador José Serra (PSDB).

O primeiro, em 16 de maio, autorizou o Estado a contrair US$ 450 milhões em empréstimos para as obras do Metrô. O outro, na segunda-feira passada, criou o novo Instituto de Previdência de São Paulo (SPPrev). Fora isso, somente projetos ad referendum - aqueles que dão nome para ruas, praças e pontes - foram deliberados pela Assembléia paulista no período. Ao todo, foram 12. A votação, em geral, é simbólica. Não requer discussão e o autor da proposta nem precisa estar em plenário.

A inércia não é por falta de trabalho. Na pauta, há 350 itens à espera de votação. Quando questionados de quem é a culpa pela baixa produtividade, os deputados iniciam um jogo de empurra. Muitos responsabilizam a presidência da Casa e a acusam de viabilizar a aprovação somente de projetos de interesse do governador. O presidente, Vaz de Lima (PSDB), culpa o regimento interno da Assembléia, que, segundo avalia, é muito obstrutivo.
Para o líder do governo, Barros Munhoz, os maiores culpados são os próprios deputados. S.A.


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