Setores da Igreja Católica contrários à greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, aumentaram a pressão pelo fim do protesto. Ontem, arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella Agnello, foi a Sobradinho (a 540 km da capital baiana) pedir o encerramento do jejum.Cappio disse que não recuará. "Mantenho meus propósitos", declarou ele à Folha, por telefone.O religioso se encontrou com Majella e mais quatro bispos. No encontro, recebeu uma carta do cardeal, com o posicionamento da regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe) da CNBB. A entidade é solidária à luta de Cappio, mas discorda da forma escolhida para isso.Cappio afirmou que via o pedido de recuo feito por Majella como um gesto de preocupação com a sua vida.O bispo condiciona a suspensão do protesto à saída do Exército do canteiro de obras e ao arquivamento do projeto da transposição.Ontem à noite, o bispo celebraria uma missa campal, às margens do rio São Francisco. A cerimônia seria precedida por uma caminhada de três quilômetros, feita pelos fiéis. A CPT, que participou da organização, esperava a presença de pelo menos 2.000 pessoas.
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