Os Democratas libertaram sua versão tiete e "clonaram" o logo bem-comportado do Partido Conservador inglês, uma árvore estilizada, ao gosto da onda de preservação ambiental que corre o mundo com os alertas sobre o aquecimento global.
Enquanto os ingleses usam uma árvore rabiscada em traços verdes estilizados, os brasileiros adotaram um visual "high-tech". Uma folha verde com formas arredondadas no meio, com uma azul claro de um lado e azul escuro do outro.
O ex-PFL, nascido das fissuras da Arena, partido que deu sustentação ao regime militar, se torna assim a primeira legenda do país a fazer o que as bandas brasileiras de britpop (pop britânico) descobriram há anos: emular os ingleses dá ar de novidade positiva. Ou "hype", a depender do gosto.
Os Democratas deixam claro a inspiração até no nome. O Partido Conservador inglês agora prefere ser chamado de Conservadores. A guinada ocorreu em 2005, quando David Cameron, hoje com 41 anos, se tornou líder da sigla no Parlamento e adotou agenda ambiental para oxigenar a sigla de Margaret Thatcher, primeira-ministra (1979-1990) chamada de "dama de ferro".
O PFL virou Democratas neste ano e seus líderes já elogiaram várias vezes os ingleses. Tanto que sai Jorge Bornhausen, identificado com os militares, e entra Rodrigo Maia, 37. Que escreveu artigo com título pop ontem para anunciar a convenção da sigla que começa hoje: "Democratas, sim, e daí?"
LEANDRO BEGUOCI
DA Folha
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