Nem o câmbio evitará um novo recorde de exportações no setor


Mesmo com câmbio desfavorável e sucessivas quedas no ritmo das exportações ao longo do ano, o agronegócio brasileiro deve registrar um novo recorde em 2007. Os embarques totais do setor neste ano devem somar US$ 58,5 bilhões, com um saldo comercial de US$ 50 bilhões, previu ontem (dia 13) a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).

Embora o índice de rentabilidade das vendas externas, medido a partir de uma cesta de moedas captadas pelo Cepea tenha registrado um recuo, a CNA aposta que as exportações do complexo soja devem superar US$ 12 bilhões.

"Mesmo com a redução dos preços do açúcar e do álcool, teremos uma performance muito boa", diz o especialista em comércio exterior Antonio Donizeti Beraldo. "É o efeito dos preços internacionais em alta". De janeiro a novembro deste ano, as exportações somaram US$ 53,78 bilhões, ou 19% acima do mesmo período de 2006.

O saldo comercial bateu em 45,9 bilhões (+ 17%). No complexo soja, o país vendeu US$ 10,8 bilhões (+22%). Em carnes, foram US$ 10,24 bilhões (+30%). As vendas de milho foram ainda mais surpreendentes. Bateram em US$ 1,72 bilhão em onze meses (+307%).

No lado das importações, continuam a pesar as compras de trigo. Até novembro, o país gastou US$ 1,27 bilhão com o grão, resultado 44% superior ao ano passado. Foram ainda desembolsados US$ 450 milhões nas aquisições de borracha natural e US$ 219 milhões em arroz.

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