O Brasil está na contagem regressiva para a obtenção do grau de investimento, na avaliação do ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni. Para ele, a expectativa é de obtenção já no segundo semestre de 2008 e nem mesmo a não aprovação da CPMF deverá retardar a elevação da nota.
Segundo ele, existem três formas de medir o risco: por meio da formalização das agências de risco, pela própria avaliação do mercado e pelo olhar do lado real da economia. Essas três visões estarão reunidas segunda-feira em evento realizado pela FGV e pelo Valor: "Reavaliação do Risco Brasil", no Hotel Intercontinental, em São Paulo.
O grau de investimento, que ele chama de "prêmio de excelência macroeconômica", é o passo que falta para o país consolidar a atual política de estabilidade, implementada em 1999, depois da crise cambial, e mantida pelo atual governo. Essa política, composta pela austeridade fiscal, sistema de metas de inflação e câmbio flutuante, permitiu que o risco-país recuasse nos últimos anos para os cerca de 200 pontos base de hoje e que os spreads das captações de empresas também se reduzissem.
Para as agências de risco, o maior problema ainda é a relação dívida bruta versus Produto Interno Bruto, hoje na casa de 65%. Mas Langoni entende que o mais importante é a tendência e o Brasil caminha para redução dessa relação. "Não há razão para o Brasil ser o único dos BRICs a não ter o grau de investimento".
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