Uma bandeira branca é hasteada no local onde normalmente fica a bandeira do Brasil, no Oscar's Hotel, do empresário Oscar Maroni Filho. Ele afirmou que o ato é uma sinalização de paz. Maroni tenta na Justiça a liberação do prédio
Lacrado por pela Prefeitura de São Paulo( a mando de kassab) por três vezes desde o dia 26 de julho, o Oscar's Hotel, do empresário Oscar Maroni Filho, trocou nesta semana a tradicional bandeira do Brasil, hasteada no topo do prédio, por uma bandeira branca.
O proprietário afirma que o ato é uma sinalização de paz. Ele tenta na Justiça a liberação do prédio e aguarda uma decisão favorável ainda no mês de janeiro. A intenção da prefeitura é demolir o prédio, localizado na cabeceira da pista do aeroporto de Congonhas, a pouco mais de 100m dela.
Além do hotel, a boate Bahamas, de propriedade de Maroni, também está interditada, acusada de favorecer a prostituição.
O hotel foi interditado pela primeira vez nove dias após o acidente com o avião da TAM, que deixou 199 mortos. O fechamento se deu depois que foi anulado o alvará de construção do prédio. O empresário é acusado de fornecer informações falsas à Aeronáutica e à municipalidade para que o prédio pudesse ser erguido.
Em julho, o secretário municipal da Habitação, Orlando Almeida, afirmou que um primeiro pedido de construção feito por Maroni foi indeferido pela Aeronáutica. Segundo Almeida, o projeto previa a construção de um flat residencial.
"Depois ele mudou o projeto e afirmou que construiria ali um prédio de escritórios, conseguindo assim a autorização. Só que um hotel não é um prédio de escritórios", argumentou.
Depois disso, o empresário conseguiu duas vezes reabrir o prédio, porém, suas liminares foram cassadas.
O hotel sequer chegou a ser inaugurado e estava na fase final de construção. Na ocasião da interdição, houve muita confusão. Munido de um megafone, o empresário bradou contra o prefeito Gilberto Kassab, que participou pessoalmente do ato administrativo.
"Não podemos, por incompetência de todos os nossos governantes, culpar meia dúzia de pessoas (pela queda do avião). Estou servindo de bode expiatório, político e eleitoreiro", disse Maroni.
Passados cinco meses, o empresário mudou o discurso. "Reconheço que naquela época não tomei uma atitude correta com o prefeito. Se eu fosse prefeito, não gostaria de ver a forma como o Oscar se expressou."
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