Tucana se tornou alvo no RS da classe média, do funcionalismo e do Judiciário


Em seu primeiro ano como governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) se confrontou com o Judiciário, ao tentar limitar seus gastos; com o funcionalismo, ao atrasar parte dos salários; com a classe média e os empresários, ao propor aumento de impostos; e com a oposição, que reclamou de falta de diálogo.
Segundo o Datafolha, apenas 16% dos gaúchos aprovam (ótimo/bom) sua gestão. Na outra ponta, o índice de reprovação (ruim/péssimo) chega a 46%.

Logo ao assumir o cargo, a tucana anunciou que seu objetivo prioritário era melhorar a situação financeira do Estado com a redução do "déficit estrutural". A governadora não inaugurou nenhuma obra relevante -pelo contrário, suspendeu investimentos por falta de recursos. Também não concedeu reajustes, precisando recorrer a dinheiro de um fundo de previdência para pagar o 13º salário dos servidores.

O corte de gastos e o combate à sonegação diminuíram o déficit de R$ 2,4 bilhões em dezembro de 2006 para R$ 1,27 bilhão neste ano. O governo também obteve aval da União para emprestar US$ 1 bilhão do Banco Mundial, dinheiro que só poderá ser usado na reestruturação da dívida com a União.
Na última quinta-feira, ao receber o governador José Serra (PSDB-SP) em Porto Alegre, Yeda afirmou que nunca achou que administrar o Rio Grande do Sul fosse tarefa fácil.

"Em quatro anos, quero fazer parte do seleto clube dos governadores que deu conserto às finanças estaduais", afirmou.
O otimismo do discurso de Yeda contrasta com a opinião do funcionalismo e da oposição. O líder do PT na Assembléia, deputado Raul Pont, afirmou que a tucana preferiu o confronto em vez do diálogo. "Ela adotou uma postura olímpica, majestática, colocando-se acima das coisas. O princípio básico de uma guerra é não abrir fogo contra todos, mas ela criou um leque de enfrentamento", afirmou Pont.

Para o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos, Sérgio Arnoud, a gestão de Yeda está sendo um "drama". "Todas as medidas nos causam apreensão. Passamos a lutar por um direito básico que é receber o salário em dia." Da folha

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