Avião de traficante vai combater o crime no Rio


Um constrangimento aconteceu na tarde de ontem no Aeroporto Santos Dumont. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, recebeu toda a imprensa no local para apresentar um avião que teria sido do traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía e será utilizado pelo governo do Estado no combate ao crime. Mas, apenas às 18h10, a assessoria de imprensa da secretaria enviou nota à imprensa afirmando que eles haviam se confundido e que, na verdade, a aeronave pertenceu a outo traficante colombiano, Gustavo Duran Bautista.

Durante mais de uma hora, Beltrame se referiu ao avião como se fosse de Abadía, que ofereceu US$ 35 milhões à Justiça para ter alguns benefícios, entre eles sua extradição para os Estados Unidos. Segundo a assessoria de imprensa, a confusão aconteceu porque os dois traficantes foram persos na mesma época - agosto do ano passado - pela Polícia Federal de São Paulo e há investigações em curso sobre a ligação entre os dois traficantes.

Segundo Beltrame, o avião será usado para transporte de policiais e de presos, auxílio a transplantes de órgãos, monitoramento de queimadas, entre outros serviços. O equipamento já está à disposição do Estado e poderá ser utilizado até o fim do processo de Bautista, quando a Justiça decidirá seu destino.

É um ganho para nós. Esperamos que, após o processo, ele seja dado ao Estado.

Avaliada em R$ 400 mil, a aeronave, modelo PA-31 Navajo, tem capacidade para seis passgaieros e dois tripulantes e pode fazer até cinco horas de vôo, com um gasto de 170 litros de gasolina por hora.

Disputa pelo avião

O secretário revelou que o Rio de Janeiro conseguiu ficar com o avião por ter sido o primeiro Estado a solicitar à Justiça, na frente de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O governo pleiteia ainda uma lancha de 37 pés apreendida pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, no fim do ano passado. A inteção é deixá-la à disposição do 33º Batalhão de Angra dos Reis. Um avião usado por Fernandinho Beira-Mar também é usado pela polícia do Rio.

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