Farc anunciam que libertarão mais três reféns


As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram que libertarão os ex-congressistas colombianos Gloria Polanco de Lozada, Luis Eladio Pérez e Orlando Beltrán, que fazem parte do grupo de reféns passíveis de troca que estão em poder da guerrilha.

A entrega seria feita na Colômbia e perante o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a senadora colombiana Piedad Córdoba "ou por intermédio de seus delegados e em território colombiano", indica um comunicado assinado pelo Secretariado do Estado-Maior Central das Farc, recebido neste domingo pela emissora de televisão Notícias Uno.

O comunicado, datado de 31 de janeiro de 2008, informa que, para garantir "o sucesso desta gestão e prevenindo os riscos que a cercarão", a guerrilha organizará os mecanismos necessários com tempo suficiente, ressaltando ainda que trabalhará "sem pressa nem descanso".



O documento, que contém seis pontos, acrescenta que a ação é conseqüência direta de Chávez e de outros governos de países amigos, na busca de soluções políticas para "a crise humanitária e ao conflito que dilacera a Colômbia e que afeta todo o continente".



As Farc reiteram que o acordo humanitário é a "única forma de conseguir a liberdade de todos os prisioneiros de guerra", e qualificam de "infame e humilhante" a "ingerência do governo dos Estados Unidos" nos assuntos internos colombianos. Ao contrário de em outras vezes, nesta ocasião os rebeldes não pedem a desmilitarização dos municípios colombianos de Pradera e Florida, no Valle del Cauca (sudoeste), para iniciar o diálogo sobre o acordo humanitário.



Pérez, Polanco e Beltrán fazem parte dos 44 seqüestrados aos quais a guerrilha qualifica de passíveis de troca e que foram seqüestrados em diferentes operações em 2001. A libertação de Gloria Polanco, Luis Eladio Pérez e Orlando Beltrán se somaria à da ex-candidata à Vice-Presidência da Colômbia Clara Rojas e à da ex-parlamentar Consuelo González, em 10 de janeiro, após a mediação do presidente venezuelano. Atualmente, o grupo tem em seu poder 44 políticos soldados, policiais e americanos que deseja trocar por cerca de 500 rebeldes presos.

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