O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar os resultados da pesquisa CNT/Sensus que lhe atribui o maior índice de popularidade desde janeiro de 2003, quando foi empossado em seu primeiro mandato na Presidência da República. Depois de participar de cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente disse que só levará em conta pesquisas de opinião no fim de 2010 - após o período de sucessão presidencial. "Pesquisa que vale para mim só em dezembro de 2010", desconversou Lula numa referência ao mês em que deixará o governo.
Já a oposição minimizou a avaliação positiva ao governo Lula, medida pela pesquisa. Senadores da oposição tentaram desqualificar o índice ao associar as vitórias do governo atual à gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O presidente está em momento de popularidade alta pela inflação que foi dominada lá atrás e permitiu o aumento do poder de compra dos brasileiros. São razões que vêm de fora do governo Lula. As pessoas estão satisfeitas com o fato de estarem ganhando (salários) e poderem comprar", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN).
Segundo o presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), o resultado era esperado e deve servir de alerta à oposição. "É natural que essa ventania da economia mundial tenha beneficiado o governo... Não podemos ficar achando que a eleição de 2010 está resolvida porque o presidente não é candidato. Está muito longe disso", afirmou.
Para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), a popularidade de Lula está associada à capacidade do povo brasileiro de "blindá-lo" em escândalos políticos - como as irregularidades detectadas no uso dos cartões corporativos por membros do Poder Executivo. "O mito não se explica. O povo brasileiro colocou o Lula separado do governo dele", afirmou.
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), rebateu os argumentos da oposição ao afirmar que o bom desempenho do governo na pesquisa é conseqüência da sua própria atuação. "O presidente ter a segunda melhor avaliação desde a sua posse em janeiro de 2003 é um resultado para colocar muito oposicionista com inveja. Por isso, estamos aqui voltando a ter no Congresso o recrudescimento da ação oposicionista", afirmou.
Para o líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), o eleitorado brasileiro vai saber distinguir nas urnas as ações implantadas pelo governo Lula. "A tática da oposição está equivocada. O eleitorado vai saber avaliar aqueles que efetivamente melhoraram a vida da população ou se tornaram obstáculo para avanços no país", afirmou.
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