Tapioca


Com essa a folha não contava. Os jornalistas está até agora tentando assimilar o golpe. Lula avisou lá do Guarujá. Manda vir a CPI da tapioca.O líder do Palácio do Planalto no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), protocolou ontem um pedido de criação de uma CPI. A CPI da tapioca vem ai.

O líder de todos os governos

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é um velho conhecido de governistas e oposicionistas. Mas é, acima de tudo, um homem de confiança de presidentes da República. Foi assim no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). E a história se repete no de Luiz Inácio Lula da Silva. Jucá liderou o governo FHC no Congresso, e faz o mesmo no de Lula. Era filiado ao PSDB. Hoje está no PMDB. Ex-governador de Roraima, Jucá tem fama de bom articulador. Transita bem em todos os partidos e conhece os meandros das negociações políticas.

Vira e mexe tem que ouvir que jamais abandonará o posto de líder do governo, seja qual for o presidente da República. Chegou a ser ministro da Previdência de Lula, mas virou alvo de denúncias de que teria usado fazendas fantasmas para garantia de um empréstimo bancário. Saiu da pasta, mas não do governo. Assumiu a liderança do Palácio do Planalto no Senado com a queda de Aloizio Mercadante (PT-SP), envolvido no escândalo do dossiê da máfia dos sanguessugas em outubro de 2006.

Desde então, Jucá vive uma queda-de-braço com o PT. O partido não engoliu até hoje ter perdido a liderança do governo. Nos bastidores, não poupa críticas a Jucá. Responsabiliza-o, por exemplo, pela derrota da CPMF. O PT alega que Jucá dialoga demais com a oposição e pouco com a própria base do governo.

O partido sonha em reassumir o posto. Dentro da bancada petista, o preferido é o senador Tião Viana (PT-AC). Jucá evita bater de frente. Dá pouca bola aos petistasmais radicais. Quando alguém pergunta sobre a cobrança do partido, diz que cabe a Lula escolher quem comandará sua tropa de choque.

Jucá é um sobrevivente político por excelência. Conseguiu manter-se no poder mesmo com a mudança de FHC por Lula. Aliado de Renan Calheiros, passou incólume pela queda do ex-presidente do Senado. Não é fácil de derrubar.

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