Foram criados 204.963 empregos com carteira assinada em fevereiro, o que, segundo o Ministério do Trabalho é recorde para o mês. Na comparação com fevereiro do ano passado, o crescimento foi de 38,47%. A melhor marca do mês tinha sido em 2006, com saldo de 176.632 postos entre contratações e demissões e aumento de 16,04%. No resultado do primeiro bimestre, foram gerados 347.884 postos de trabalho, o que representa crescimento de 37,23% sobre as vagas abertas em igual período em 2007. Em relação ao estoque de vagas formais, o emprego cresceu 1,2% no primeiro bimestre.
"Esse resultado confirma a minha expectativa de que em 2008 bateremos novamente o recorde na geração de empregos. Acredito que o crescimento será de mais de 6%, com geração de 1,8 milhão de novos postos de trabalho. As pessoas estão acreditando e apostando no Brasil, inclusive os brasileiros, que comemoram a carteira assinada, o emprego e a renda no final do mês", destacou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, durante entrevista coletiva.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revela que, em fevereiro, indústria, construção civil, agropecuária e administração pública bateram recordes de criação de vagas para o período. Em termos absolutos, os serviços tiveram o maior saldo no mês passado, com 74.441 empregos formais a mais. Em seguida, vêm indústria (46.812), construção (27.574), agropecuária (25.239), administração pública (15.276) e comércio (13.806).
Na avaliação do ministro, os meses com maior criação de empregos são, tradicionalmente, os de março, abril e maio. Isso ocorre com a recuperação da atividade agrícola no Nordeste e com o auge das safras em todo o país. Segundo ele, 2008 será o melhor ano da história do Caged, graças à criação de empregos formais impulsionada pela aquecida demanda interna.
O ministro não vê risco de elevação da inflação, porque o aumento do consumo está sendo acompanhado pela elevação da produção. Nas suas previsões, serão gerados mais de 1,8 milhão de empregos formais neste ano. No ano passado, o Caged teve saldo recorde de 1.617.392 vagas.
Segundo a avaliação do ministério, o setor de serviços teve o melhor desempenho nos números do Caged em fevereiro, porque prevaleceram fatores sazonais. O segmento do ensino, graças ao início do ciclo escolar, criou 31.849 vagas. Atividades ligadas aos serviços prestados às empresas (como limpeza, vigilância, seleção e recrutamento de mão-de-obra, informática, entre outros) criaram 17.015 postos de trabalho no mês passado. Serviços de alojamento e alimentação, vinculados ao turismo, foram responsáveis por mais 15.846 empregos.
Na indústria, o segmento que liderou a geração de emprego em fevereiro foi o de alimentos e bebidas, com 13.271 postos. Em seguida, vêm as empresas metalúrgicas com 7.101 vagas. As indústrias mecânicas tiveram saldo de 6.382 empregos com carteira assinada. E as empresas produtoras de calçados também criaram 5.034 vagas em fevereiro, o que revela a recuperação desse segmento, que foi muito prejudicado pela valorização do real.
Na análise regional, Sudeste (140.956) e Centro-Oeste (28.367) bateram seus recordes de criação de empregos nos meses de fevereiro. Sul (47.759) e Norte (2.600) apresentaram saldos positivos, mas fatores sazonais na agricultura (ciclo da cana) levaram o Nordeste à perda de 14.719 postos de trabalho.
Os números do Caged mais atualizados, considerando os resultados de fevereiro, indicam um estoque de 29,314 milhões de empregos no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil. O setor de serviços é o que mais emprega, com 11,5 milhões de vagas. Em seguida, vêm indústria (7,1 milhões), comércio (6, 4 milhões), construção civil (1, 6 milhão), agropecuária (1,5 milhão), administração pública (552 mil), serviços de utilidade pública (336, 4 mil) e extração mineral (164, 3 mil)(
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