O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Arthur Henrique, defendeu as medidas aprovadas anteontem pelo Senado que estendeu o mesmo percentual de reajuste concedido anualmente para o salário mínimo a todos os aposentados e pensionistas da Previdência e a que acabou com o fator previdenciário, mecanismo aplicado no cálculo de aposentadorias dos servidores públicos por tempo de contribuição e por idade. Entretanto, o sindicalista viu na aprovação uma armadilha política da oposição contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"São decisões favoráveis aos trabalhadores. Agora, não vamos nos enganar. O Senado é mais conservador que a Câmara. O fato de outros partidos terem apoiado as medidas demonstra uma tentativa de esperteza política. Por um lado, aprova o fim da CPMF. Por outro, amplia gastos com essas medidas que defendemos. É mais uma tentativa de construir uma armadilha contra o governo", afirmou.
Criado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o fim do fator previdenciário sempre foi criticado pela central por ser, em sua análise, um redutor dos valores das aposentadorias. "Nosso entendimento é de que esse discurso de que não há recursos para o impacto do fim do déficit previdenciário é falho. Uma modificação por baixo do superávit primário teria como solucionar isso", disse Arthur. Ele afirmou ainda que, para evitar eventuais impactos no orçamento, "é possível negociar uma proposta de transição para o fim do fator previdenciário".
O problema do fator é que foi prejudicial trabalhadores e para mulheres principalmente, pois dois terços da fórmula estão centrados na expectativa de vida e o trabalhador não sabe quando vai se aposentar.
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