Atrás dos votos do pai e tio


Para uma candidata ao primeiro mandato como vereadora, Carmen Glória Guinâncio Guimarães (PTdoB), conhecida como Carminha Jerominho, entrou em campanha com alta expectativa de resultado nas urnas: cerca de 50 mil votos ­ apenas três dos 50 vereadores eleitos em 2004 tiveram votação maior. A projeção da candidata ­ filha do vereador Jerônimo Guimarães (PMDB) e sobrinha do deputado estadual Natalino Guimarães (DEM), ambos detidos pela polícia ­ leva em conta a votação que seu pai e tio obtiveram em Campo Grande, sua base eleitoral. ­ Aqueles que votam no meu pai e votam no meu tio, também votam em mim ­ garante Carminha, cujo pai obteve 33 mil votos, em 2004, e o tio 49 mil, em 2006. Após a prisão de Jerominho ­ acusado pela polícia de comandar a quadrilha de milicianos Liga da Justiça, que atua em bairros da Zona Oeste ­ em dezembro do ano passado, a formanda em odontologia explica ter sido convocada pelo grupo político do pai para substitui-lo na disputa a um assento Câmara Municipal. ­
Pedi adiamento da entrega da monografia, que está pronta, e assumi o compromisso ­ conta Carminha, que cita projeto na área de saúde, envolvendo crianças de rua, como uma de suas propostas principais. ­ Pretendo levar comigo os ideais políticos do meu pai. Em campanha desde o dia 6, Carminha passou pelas comunidades de Vilar Carioca, Gouveia, Vila do Céu, entre outras em Campo Grande. A candidata esteve ontem no Ministério Público para denunciar perseguição da polícia contra sua campanha, mas nega que seja beneficiada por suposta estrutura de milícia. ­ Não existe isso. Estou sofrendo perseguição política.

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