Justamente ontem, no dia em que houve uma saraivada de prisões, a CPI do grampo telefônico ouviu Eduardo Gomide, um dos diretores da empresa Kroll, aquela que foi acusada de ter sido contratada pelo grupo Opportunity para promover espionagem. O diretor enrolou tanto as excelências que, ao final, o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), foi incisivo: “Todos os diretores da Kroll serão convocados. Ele não sabe de nada, mas os outros devem saber.”
Tem mais II
A maioria dos políticos aposta que as prisões de ontem trarão de volta não só as guerras financeiras que o Opportunity esteve envolvido, mas também as políticas. A oposição tentará atacar o ex-secretário de Comunicação do governo Luiz Gushiken, que era ligado aos fundos de pensão, e reviver o caso do mensalão. Já os governistas miram na privatização do sistema Telebrás, feita na era tucana.
Tem mais III
No meio disso tudo, está a pergunta que, em 12 anos, nunca foi respondida oficialmente: quem foram os investidores do Opportunity Fund, aquele fundo aberto nos anos 1990 para atrair investidores estrangeiros não residentes no Brasil. O banco nunca revelou quem eram os cotistas.
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