O presidente Lula lançou ontem o Plano Safra da Agricultura Familiar, com foco no aumento da produção de alimentos no país para combater a alta de preços. Serão R$13 bilhões para os pequenos produtores, sendo R$6 bilhões para financiamento de equipamentos agrícolas e da produção de milho, feijão, arroz, mandioca, trigo, café, leite e ovos - o Mais Alimentos. A meta é aumentar em 18 milhões de toneladas a produção da agricultura familiar em três anos.
A linha de crédito para os agricultores oferece até R$100 mil por família, com juros de 2% ao ano e pagamento em até dez anos. Os implementos agrícolas serão vendidos aos agricultores com descontos entre 11,5% e 17,5%. O plano também reduziu em 50% os juros dos financiamentos.
Lula disse que a inflação no país está sob controle:
- Não há motivo para a gente perder meia hora de sono com isso. O que precisamos é estar alertas para não permitir que a inflação saia, efetivamente, de controle.
Pela manhã, o presidente assinou o primeiro contrato da linha Mais Alimentos na cidade-satélite de Brazlândia (DF), na chácara do agricultor Fernando Kubota. Lula brincou com jornalistas ao pegar uma batata-doce e perguntar se conheciam o tubérculo. Como a resposta foi positiva, gracejou:
- Não é. É um ponto de interrogação.
Depois, disse a Fernando que a cana que estava à disposição era para chupar, não para fazer etanol. Lula passeou e posou para fotos no trator comprado pelo agricultor por R$68 mil. Ele terá um ano de carência e pagará em seis anos.
O Ministério da Fazenda anunciou ontem a substituição de Bernard Appy por Nelson Barbosa, atual secretário de Acompanhamento Econômico, na secretaria de Política Econômica. Appy, petista histórico, já vinha cuidando da Reforma Tributária e será secretário especial para reformas estruturais. Na primeira entrevista no cargo, Barbosa disse que o Brasil crescerá menos em 2009. O percentual de 5% deve ser alterado para entre 4,5% e 5% na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a ser enviada ao Congresso em agosto. Ele afirmou que as projeções da Fazenda indicam que a inflação - acumulada em 12 meses, até maio, em 5,6% - voltará ao centro da meta oficial de 4,5% no fim de 2009 ou no início de 2010. (Colaboraram Henrique Gomes Batista e Geralda Doca)
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