Parece que a Folha resolveu entrar com tudo na campanha do Geraldo Alckmin. Apesar do tempo que se passou, a Folha não esquece a malandragem do Kassab em querer manipular o resultado da pesquisa Datafolha. Hoje tem até um editorial que diz isso...
A mensagem de Kassab
EM DIFICULDADE para deslanchar sua campanha à reeleição, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, patrocinou na semana passada uma atitude infeliz, que sugere desespero. Enviou mensagem eletrônica a 26 subprefeitos, chamando-os a "identificar o ponto" onde entrevistadores do Datafolha abordariam eleitores e realizar uma "ação", sem especificar qual.Kassab afirma que jamais tentou inflar seu desempenho na pesquisa eleitoral. É difícil, entretanto, acreditar que tenha sido outro o propósito da iniciativa. O e-mail foi repassado na quarta-feira à noite, fim do primeiro dia do campo do Datafolha, e o resultado, que mostrava o prefeito estagnado na terceira colocação com 11% das preferências, foi divulgado na noite de quinta-feira.O candidato do DEM diz que o objetivo da "ação" era impedir que "pessoas ligadas ao PT" promovessem distúrbios em lugares próximos aos pontos onde seriam feitas as entrevistas, a fim de prejudicar a percepção que o eleitorado tem da gestão. De acordo com Kassab, a idéia era que os funcionários da prefeitura ficassem atentos e, se fosse o caso, chamassem a polícia para prender os baderneiros.Conspira contra essa explicação o fato de ela ter sido fornecida apenas após reportagem de Renata Lo Prete, desta Folha, ter revelado o teor da mensagem enviada aos assessores. Se o prefeito estava desconfiado de armação petista, deveria ter feito denúncia antecipada. Além disso, o correto seria acionar seu comitê de campanha, nunca a máquina da administração, para tanto.É difícil influir em conclusões do Datafolha. O instituto cumpre um protocolo rígido para evitar ações indevidas. Mantém sigilo sobre os locais das entrevistas e descarta pessoas que se apresentem como voluntárias para responder ao questionário. Na hipótese de movimentações atípicas próximas ao campo, todo o material recolhido é desprezado e procede-se a nova coleta.Quem tentar distorcer o resultado da pesquisa, portanto, estará fadado ao fracasso e correrá o risco de ter descoberta a maquinação pueril.
A mensagem de Kassab
EM DIFICULDADE para deslanchar sua campanha à reeleição, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, patrocinou na semana passada uma atitude infeliz, que sugere desespero. Enviou mensagem eletrônica a 26 subprefeitos, chamando-os a "identificar o ponto" onde entrevistadores do Datafolha abordariam eleitores e realizar uma "ação", sem especificar qual.Kassab afirma que jamais tentou inflar seu desempenho na pesquisa eleitoral. É difícil, entretanto, acreditar que tenha sido outro o propósito da iniciativa. O e-mail foi repassado na quarta-feira à noite, fim do primeiro dia do campo do Datafolha, e o resultado, que mostrava o prefeito estagnado na terceira colocação com 11% das preferências, foi divulgado na noite de quinta-feira.O candidato do DEM diz que o objetivo da "ação" era impedir que "pessoas ligadas ao PT" promovessem distúrbios em lugares próximos aos pontos onde seriam feitas as entrevistas, a fim de prejudicar a percepção que o eleitorado tem da gestão. De acordo com Kassab, a idéia era que os funcionários da prefeitura ficassem atentos e, se fosse o caso, chamassem a polícia para prender os baderneiros.Conspira contra essa explicação o fato de ela ter sido fornecida apenas após reportagem de Renata Lo Prete, desta Folha, ter revelado o teor da mensagem enviada aos assessores. Se o prefeito estava desconfiado de armação petista, deveria ter feito denúncia antecipada. Além disso, o correto seria acionar seu comitê de campanha, nunca a máquina da administração, para tanto.É difícil influir em conclusões do Datafolha. O instituto cumpre um protocolo rígido para evitar ações indevidas. Mantém sigilo sobre os locais das entrevistas e descarta pessoas que se apresentem como voluntárias para responder ao questionário. Na hipótese de movimentações atípicas próximas ao campo, todo o material recolhido é desprezado e procede-se a nova coleta.Quem tentar distorcer o resultado da pesquisa, portanto, estará fadado ao fracasso e correrá o risco de ter descoberta a maquinação pueril.
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