A economista Mariana Almeida, 26, candidata a vereadora em SP pelo PSOL da ex-senadora Heloísa Helena, é filha de um banqueiro, "espécime" tão combatida pelo partido. O pai dela, Natalisio Almeida, é diretor do Itaú para a América Latina. "Sou simpático ao PSOL. Gosto de princípios e eles têm.
A instituição onde trabalho também tem, apesar de ser banco!", diz ele. Mariana falou à coluna:
- Seu pai é diretor do banco Itaú e seu partido é contra os bancos. Teve briga em casa?
MARIANA - Foi muito mais difícil para ele entender quando eu fui para a Venezuela trabalhar no governo do Hugo Chávez, como assessora do vice-ministro da Economia Agrícola. Mas meu pai nunca se meteu muito em política. Só depois da minha candidatura é que ele entendeu os problemas que o PSOL tem com banqueiros. Mas sempre almoçamos em paz em casa.
- Questiona seu pai por ele trabalhar em um banco?
MARIANA - O que a gente não consente é que existam práticas corruptas nas corporações e nos bancos. Mas trabalhar em um banco é legítimo. Quem está lá dentro está cumprindo um papel social, não tem que ser responsabilizado. O que não significa que eu queira isso para mim. Não dá para eu propor mudança social trabalhando em banco.
- Mas seu pai é banqueiro.
MARIANA - Desde nova, sempre tentei separar meu padrão de vida e o dos meus pais. Foi por isso que saí de casa aos 19 anos e meio, para me desvincular de tudo isso. Abri mão de ter alguém que limpe as minhas coisas, de ter comida pronta. Agora tenho que fazer mercado, essas coisas. Em casa nunca faltava papel higiênico. Morando sozinha, às vezes falta. Da coluna de Mônica Bergamo
Vá-se saber como a economista limpa-se...
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