Grito dos Excluídos não terá políticos no palanque


Políticos, candidatos ou não, estarão fora do palanque da 21ª Romaria dos Trabalhadores e do 14º Grito dos Excluídos que acontecem amanhã no Santuário Nacional de Aparecida. A restrição aos políticos foi determinada pela administração da igreja, que não quer misturar política com o protesto dos movimentos sociais contra a desigualdade social no País.

Segundo determinou o santuário, os políticos poderão participar do ato, mas junto com os integrantes do movimento, sem utilizar o palanque. A assessoria de imprensa da igreja informou que a medida não é uma novidad e nem está relacionada ao ano eleitoral. O movimento tem, de acordo com o santuário, o mesmo espírito de uma romaria.

Para a coordenadora da Pastoral Operária Nacional, Conceição de Souza, que faz parte da equipe que organiza a Romaria dos Trabalhadores, amanhã o palanque deve ser reservado para os manifestantes. "Não tem sentido os políticos falarem em nome dos excluídos. Quem tem que ter vez e voz são os excluídos", disse ela.

Isso, segundo Conceição, não significa que os políticos estão proibidos de participar do movimento. "Faremos uma caminhada e eles podem ir conosco", disse ela. A caminhada começa às 6h de amanhã, no Porto Itaguaçu, local onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

A previsão de chegada ao pátio da Basílica Nacional é às 7h30, onde os peregrinos permanecem até 10h, quando começa a celebração, que será coordenada por dom Damasceno, arcebispo de Aparecida. O evento é organizado pela Pastoral Operária dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, e pelo Serviço Pastoral do Migrante em São Paulo.

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