suspeita de vazamento


A crise que culminou na prisão e afastamento do delegado Romero Menezes, o número 2 da Polícia Federal, deixou clara a suspeita de vazamento da Operação Toque de Midas, cujo planejamento previa inicialmente a prisão do dono do Grupo EBX, Eike Batista. As investigações estão concentradas em duas hipóteses: Romero Menezes ou um agente da própria PF do Amapá que, dias antes, durante palestra numa faculdade em Macapá, teria sugerido que a empresa de mineração MMX - que acabou se beneficiando com a concessão para exploração de uma estrada de ferro no estado - estava sob investigação. Antes que a operação fosse deflagrada, advogados entraram com habeas corpus na justiça pedindo informações sobre o que estava sendo investigado.

O diretor da PF Luiz Fernando Corrêa negou ontem que o episódio caracterize um racha na corporação e disse que tinha conhecimento e manteve em sigilo todas as medidas adotadas pela justiça contra Menezes. Apanhado num grampo, o diretor afastado aparece pedindo ao superintendente da PF no Amapá, Anderson Rui Fontel, que tomasse uma decisão que favorecia um irmão na concessão de licença para que a empresa deste pudesse operar na área de vigilância privada. A empresa presta serviços à MMX, suspeita de ter participado de fraude na licitação sobre a construção de uma estrada de ferro no Amapá. Caso nada se prove contra Menezes, Fontel, o delegado que chefiou as investigações e o procurador Douglas Araújo poderão ser processados por denunciação caluniosa.

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