Em seu último evento de campanha, neste sábado, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), comentou a carta de despejo que a candidata petista Marta Suplicy apresentou ontem à noite no debate da TV Globo.
Diferentemente do que falou no debate, ao duvidar da veracidade da carta, hoje Kassab admitiu a autoria da prefeitura, mas repreendeu a forma como foi redigida.
Durante o debate, Marta leu cópia de uma carta enviada pela prefeitura às famílias do jardim Edite, um dia antes de serem despejadas. O documento dá orientações, como descongelar a geladeira, e deixar o almoço pronto. Após a leitura, a petista perguntou ao democrata o que achava das orientações.
Kassab afirmou que a carta foi mal redigida e feita por alguém "do quarto escalão" da prefeitura.
"É uma carta mal redigida, mal formulada, escrita por uma pessoa do quarto escalão da prefeitura. Tudo é responsabilidade da prefeitura, mas o importante são as nossas políticas públicas de habitação, que são compatíveis com o respeito às pessoas", afirmou Kassab durante caminhada no bairro da Liberdade, na região central.
Questionado se pretende punir quem a redigiu --o prefeito não falou quem foi--, Kassab evitou "dar broncas", mas afirmou que pretende repreender a forma como a carta foi escrita. Kassab disse ainda que não havia a necessidade de mostrá-la durante o debate.
"Eu repreendi a forma [como a carta foi feita], mas não é algo que precisa ser mostrado no debate. Se ela [Marta] achou importante, eu com muita clareza, coloquei que em nada [a carta] se associa a minha política voltada a construção de moradias, de intervenção e urbanização de favelas", disse Kassab.
Kassab chegou para a caminhada dirigindo o próprio carro, um vectra prata. Ao chegar bateu levemente na guia da calçada e saiu do carro acenando para os cabos eleitorais e companheiros tucanos.
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