Começa a se definir oficialmente hoje o rumo da sucessão de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) na presidência do Senado, com reuniões das bancadas do PSDB e do PMDB. Os 13 senadores tucanos devem ser o fiel da balança na eleição, uma vez que, no DEM, já é praticamente certo o apoio ao senador José Sarney (PMDB-AP).
Às 12h30, os 20 senadores do PMDB reúnem-se na residência oficial do presidente do Senado para homologar o nome de Sarney. Segundo Garibaldi, o senador já conversou com toda bancada sobre sua pretensão de concorrer com o petista Tião Viana (AC).
Já o Democratas só oficializa seu apoio amanhã. O líder José Agripino Maia reunirá a bancada para definir os cargos que vai pleitear na Mesa Diretora bem como nas comissões permanentes.
Indefinição no PSDB
A reunião do PSDB está marcada para as 11 horas, no Senado. O presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), iniciou ontem conversas informais com senadores da bancada para sondar a tendência dos senadores e suas reivindicações.
A posição do PSDB ainda é uma incógnita quando o assunto é a sucessão na presidência do Senado. O próprio presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), admitiu ontem que a escolha entre José Sarney (PMDB-AP) e Tião Viana (PT-AC) pode não acontecer hoje.
Guerra afirmou que "não há uma definição do partido sobre quem apoiará". O parlamentar disse que essa decisão pode sair "amanhã ou depois", uma vez que a eleição só acontecerá na próxima segunda-feira. Ele acrescentou que, ainda hoje, as lideranças do PSDB conversarão com os dois candidatos para saber de suas propostas, entre elas, "o fortalecimento da imagem do Senado e a garantia dos direitos da minoria".
A disputa, no entanto, passa pela composição dos cargos da Mesa Diretora e das presidências das comissões permanentes. Tião Viana já prometeu ao PSDB as presidências das comissões de Assuntos Econômicos e a de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Na Câmara
A menos de uma semana da eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, 14 líderes de partidos que apóiam Michel Temer (PMDB-SP) na disputa pelo cargo divulgaram nota ontem afirmando que a candidatura do peemedebista "não é de um partido, mas da instituição" [Câmara], na medida em que conta com o apoio das agremiações partidárias e das bancadas".
Segundo os líderes que assinaram a nota, nesta eleição, "após debates e consultas às bancadas e a seus respectivos líderes e representantes, adotou-se uma prática importante para a construção de uma Mesa Diretora, representada pela candidatura de Michel Temer".
O texto diz que esses entendimentos fortalecem o Parlamento e demonstram que as propostas da chapa encabeçada por Temer serão e estão sendo construídas na "representação legítima dos partidos políticos". O texto destaca ainda a possibilidade de atuação de uma Câmara forte e independente, mas também com harmonia entre os Poderes constituídos".
Por fim, os líderes partidários reafirmam o compromisso de apoiar os nomes dos deputados indicados pelos respectivos partidos para a formação da chapa que disputará a Presidência da Câmara nesta segunda-feira.
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