Que a companheira Dilma seja a candidata


Lula afirma querer ministra na Presidência e diz que não voltará ao cargo porque rei morto é rei posto


Em entrevista ontem ao radialista Antônio Carlos, da Rádio Globo, no Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, em meio à crise internacional, “o Brasil é o país mais sólido no mundo hoje”.


Ele enumerou investimentos em saúde e habitação e voltou a revelar a preferência pela chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para sucedêlo. Mas descartou sua volta em 2014: “Rei morto, rei posto”.


CREDIBILIDADE: “Há uma coisa importante acontecendo no mundo, que temos que reconhecer e ter motivo de muito orgulho: o Brasil é hoje um país altamente respeitado no mundo, tem credibilidade internacional, e por uma convicção que aprendi no sindicato: ninguém respeita quem não se respeita”.


“O CARA”: “O Brasil não é tão rico quanto os Estados Unidos, quanto a Alemanha, mas, quando o presidente do Brasil se senta, seja com a rainha da Inglaterra, seja com o presidente dos Estados Unidos, temos que ser tratados em igualdade de condições. Se eles falam grosso, nós falamos grosso; se falam manso, falamos manso (...). O Brasil, graças a Deus, ganhou essa respeitabilidade, teve participação muito grande no G-20 e, quando o Obama disse que eu era ‘o cara’, entendi aquilo como uma brincadeira, como uma coisa de um amigo para outro amigo”.


PAÍS SÓLIDO:“Posso dizer olhando nos seus olhos, Antônio Carlos, que o Brasil é o país que está mais sólido no mundo hoje. Nós temos um sistema financeiro sólido, fizemos a política anticíclica que alguns não conseguiram fazer ainda, temos bilhões de reais... são quase US$ 300 bilhões de investimentos do PAC. Agora temos um programa de um milhão de casas, fizemos movimento no setor tributário para a gente vender mais carros. Estamos agora cuidando de facilitar capital de giro para as empresas; de facilitar capital de giro para a micro, pequena e média empresas; estamos cuidando da construção civil, para que a economia brasileira, quando terminar a crise, volte muito mais forte do que a gente estava em julho de 2008”.


DILMA: “Fazer a minha sucessão é uma tarefa gigantesca. Todo mundo sabe que tenho intenção de fazer com que a companheira Dilma seja a candidata do PT e dos partidos. Agora, se ela vai ganhar, é uma tarefa que vai depender do trabalho de cada brasileiro e de cada brasileira”.


VOLTA: “É bobagem imaginar que daqui a quatro anos a gente pode voltar. Rei morto, rei posto, meu caro. Tenho que me contentar em agradecer a Deus, porque já fui presidente por oito anos, reeleito com mais de 60% dos votos, e só tenho que torcer para que quem seja eleito faça muito mais, faça melhor. E que o povo não tenha saudade de mim, mas tenha saudade de que a pessoa que fez mais possa continuar por mais um mandato”.


BALANÇO DO GOVERNO: “O mundo hoje compreende que o Brasil é um dos países mais sólidos, o Brasil tem uma economia mais equilibrada. Todo mundo sabe o esforço que fizemos nesses últimos anos para diminuir a miséria absoluta neste país.


PLANO DE HABITAÇÃO: “Reuni os empresários e perguntei: ‘Se quisermos um grande programa habitacional, quantas casas vocês estão preparados para fazer?’ Eles falaram: ‘Duzentas mil casas’. Eu falei: ‘Duzentas mil casas não é programa habitacional. Quero fazer 1 milhão’. A verdade é que pouca gente acreditava que a gente tivesse a coragem de lançar um programa de 1 milhão de casas”.


“(O prazo de entrega) depende dos empresários, depende de quem tiver a capacidade de fazer, porque o dinheiro nós temos, disponibilizamos o subsídio...


É um plano extraordinário. Acho que nunca foi feita uma coisa dessas no Brasil”.


MAIS SAÚDE: “Precisamos de mais investimentos na Saúde. Está no Congresso uma proposta de votar um determinado imposto, acho que é de 0,10%, para a gente melhorar a Saúde no Brasil.


Sei que fica mais difícil na medida em que você fica universalizando. Uma coisa é ter um tratamento seletivo para quem pode pagar uma coisa, outra coisa é dizer: ‘Todos os pobres terão direito à mesma qualidade de saúde’. Aí, você precisa de mais investimentos. E estamos trabalhando nisso. Vamos fazer, até 2010, 500 UPAs, para facilitar sobretudo a vida das pessoas mais pobres que vivem na periferia”.


FILA DO INSS: “Prometi que a gente ia acabar com as filas do INSS, e dei um prazo. De lá para cá, aconteceu um milagre neste país. Você não tem mais ouvido falar em fila do INSS. Um aposentado, hoje, se aposenta em meia hora, e a partir de junho não vai precisar de nada, vai receber uma carta na casa dele, dizendo que já atingiu o tempo de serviço e que vai ganhar tanto de aposentadoria.


A mulher, para receber auxíliomaternidade, demorava de 90 a 120 dias, hoje recebe em meia hora. É capaz de receber quase quando está dando o parto [à luz]”.

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