A fim de estimular a troca de geladeiras antigas por modelos menos poluentes e mais econômicos, o governo pretende negociar com fabricantes de eletrodomésticos uma parceria para que os novos aparelhos cheguem ao consumidor final com preço em torno de R$ 500. A meta é substituir 1 milhão de geladeiras por ano, até atingir o total de 10 milhões de unidades em dez anos.
Segundo fontes do Ministério de Minas e Energia, esse valor poderá ser alcançado com ganho de escala e redução de tributos. Um grupo de trabalho deve concluir os estudos finais sobre o assunto por volta de 15 de maio e encaminhará sugestões ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tendência é que o programa seja anunciado após o fim da vigência dos descontos de IPI para a linha branca de eletrodomésticos, daqui a três meses.
Ao contrário do que se chegou a veicular, segundo os técnicos, a venda de geladeiras populares não envolve a criação de um novo aparelho de baixo custo pelos fabricantes. A ideia é chegar ao preço de R$ 500 por meio da centralização da produção em um único modelo (escala) e de subsídios (na forma de menor tributação). "Quando se centraliza a produção em um único modelo, o preço cai", disse o ministro Edison Lobão, que se reuniu ontem com o presidente. "Estamos estudando para reduzir ao máximo o valor da geladeira, torná-la absolutamente acessível ao bolso da parcela mais pobre."
O governo deverá gastar cerca de R$ 100 milhões com a logística do programa. Lobão explicou que o transporte será feito pelos fabricantes, mas com custo bancado pela União. Boa parte das geladeiras que precisam ser trocadas está na zona rural. Em um sistema especial de logística, os revendedores recolherão os aparelhos antigos, que serão encaminhados para uma usina, que ficará encarregada de retirar os gases nocivos e reaproveitar o aço e o plástico.
Lobão afirmou que faltam ajustes com o Ministério da Fazenda sobre o custo logístico do programa e o nível de incentivo tributário. Ele tem esperança, inclusive, de acelerar a substituição de geladeiras e trocar mais de 1 milhão de aparelhos por ano.
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