Bolsa tem melhor mês desde setembro


A BM&F Bovespa consolidou em abril o melhor desempenho desde que a crise financeira mundial tomou maiores proporções, em setembro passado. No mês, o índice acionário ganhou 15,5%, contra 7% no mês anterior. O giro aumentou de R$ 88,94 milhões em março para R$ 97,19 bilhões em abril, ainda que com menos negócios. A variação positiva ajudou a recuperar o valor de mercado do conjunto das empresas listadas, que subiu de R$ 1,48 trilhão para R$ 1,66 trilhão.

Todos os demais índices da bolsa brasileira também fecharam com valorização, em especial o índice de small caps e de consumo. Para o investidor, foi uma boa oportunidade de lucro - quem se posicionou em determinados papéis conseguiu até dobrar o montante em um único mês. As ações da Rossi Residencial, listada no Novo Mercado, avançaram 104,05%, enquanto os papéis da Gafisa ganharam 62,92% no mês, reflexo do otimismo do mercado sobre o pacote habitacional anunciado pelo governo federal.

Também beneficiada por medidas do Planalto, relativas a desoneração de tributos sobre eletrodomésticos, a B2W registrou alta de 59,30%. Aracruz e VCP continuam em processo de reversão de perdas. As desvalorizações não tiveram variação dessa ordem - a maior perda do índice Bovespa foi da Eletropaulo PNB, de 2,68%.

"Os estrangeiros estão voltando, com a retomada de confiança sinalizada na queda do risco-País", considera Clodoir Vieira, economista da corretora Souza Barros. Por isso mesmo a concentração dos negócios aumentou no mercado à vista. "Quando diminui a volatilidade, a atração do mercado de opções diminui também. Este investidor só opera com alta adrenalina."

Estrangeiros

O fluxo de recursos dos investidores estrangeiros para o mercado de ações brasileiro até 30 de abril está positivo em R$ 7,07 bilhões. No mês passado, os estrangeiros detiveram 36,23% da participação no volume financeiro. Já na BM&F, o giro financeiro total teve redução, passando de R$ 3,03 trilhões em março para R$ 2,44 trilhões em abril. Entre as pessoas físicas, a participação no volume de negócios caiu de 33,82% para 30,85%. O número de contas de investidores também sofreu redução e encerrou o mês em 519.057.

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