Conselhos do malandro

O governador Aécio defendeu ontem que o sucesso dos tucanos na eleição presidencial de 2010 passará pelo reconhecimento das conquistas do governo do presidente Lula e pregou uma campanha "sem radicalismos".
"O governo Lula trouxe avanços importantes. Grande parte deles em razão do governo anterior, da estabilidade da economia, dos avanços advindos do governo Fernando Henrique. Reconheço esses avanços, gostaria inclusive que o governo Lula também reconhecesse de forma mais clara os avanços que vieram do governo FHC".

Para Aécio, apesar de suas virtudes, Lula não enfrentou "contenciosos". "Você não nega a realidade. Na verdade o presidente Lula tem muitas virtudes, mas ele não tem a característica de enfrentar contenciosos. A reforma política era o grande tema da reeleição do presidente Lula. Logo que ele foi reeleito e ela começou a contrariar alguns partidos da base, foi colocada de lado", afirmou Aécio, que, junto com o governador de São Paulo, José Serra, é um dos pré-candidatos do PSDB à Presidência.

"É isso que diferencia o meu discurso do de alguns companheiros meus", disse ele.

Para o tucano, cientistas políticos no futuro avaliarão "como um só período de continuidade da vida nacional" o espaço de tempo que vai do início do governo de Itamar Franco (1992-1995) ao fim do de Lula.

Aécio destacou que, se eleito, o PSDB dará continuidade a programas símbolos da atual gestão, como o Bolsa Família, mas defendeu que o partido deixe claro ao eleitor no que se diferencia do PT.

Para ele, os tucanos têm que "eleger quatro ou cinco grandes bandeiras" que os diferenciem do governo e levar esses temas para discutir com as bases no período pré-eleitoral.

O governador citou como bandeiras do partido a defesa de uma gestão pública mais eficiente, a refundação da Federação, a elaboração de políticas de desenvolvimento regional claras e a adoção de estratégias que permitam a inserção no mercado de trabalho dos beneficiados por programas de transferência de renda. "É preciso construir um projeto para o país do pós-Lula", disse ele.

Aécio também criticou a decisão de taxar cadernetas de poupança com saldo superior a R$ 50 mil. "Se o objetivo é criar um desestímulo aos grandes investidores, isso poderia ser feito com um corte muitas vezes acima de R$ 50 mil".

■ Meirelles

Cotado como possível candidato ao governo de Goiás em 2010, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que deixará para o futuro a decisão sobre sua eventual candidatura. Ele ressaltou que sua prioridade no momento é contribuir para que o país saia mais forte e rápido da crise financeira mundial e que o "resto é detalhe".

"No momento estou comprometido, focado e dedicado, 24 horas para que o país saia da crise. Nada é mais importante para mim nesse momento", disse.

Ele afirmou ainda que a população reconhece seu trabalho no BC. "Saio às ruas em Goiânia, no Rio, em São Paulo, enfim, em vários lugares, e as pessoas vêm me cumprimentar, reconhecendo o trabalho que o BC tem feito

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