Profissionais da jogatina política de bastidores e dos movimentos que precedem as grandes mudanças no cenário nacional, os peemedebistas estão muito incomodados com os ataques quase diários que recebem do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Mas eles não querem reclamar diretamente com o socialista. Levaram a crítica ao presidente Lula como um xeque-mate: se Lula não defender o PMDB e mantiver Ciro solto na avenida falando mal do PMDB, que fique com o PSB e deixe o PMDB cuidar da própria vida — numa linguagem popular, “fazer a fila andar”.
Esse sentimento que os peemedebistas levaram a Lula de forma muito educada e cheia de dedos tem vários significados. E são bem mais profundos do que uma simples briga pela vaga de vice numa chapa encabeçada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O primeiro ponto é: o PMDB cansou de apanhar de todos os lados. Se é aliado, quer ser tratado com respeito pelo PT e pelos demais partidos. Isso vale também para Ciro Gomes.
Em segundo, não é preciso apenas saber quem será o vice da ministra Dilma. A avaliação geral da cúpula peemedebista é a de que há enormes chances de o partido fechar com Dilma, até porque o PMDB está no governo até o pescoço. Os peemedebistas são muito claros ao se referir a esses movimentos pré-eleitorais como um casal de noivos que prepara o casamento. A igreja, geralmente, é reservada com um ano de antecedência. O buffet, a encomenda do vestido, a música, de seis a oito meses. Por isso, para que esse casamento aconteça, a festa tem que ser preparada agora, senão não dá tempo. E a noiva, no caso Dilma, tem que se concentrar no casório em vez de ficar por aí perambulando com Ciro Gomes.
A ordem no PMDB hoje é afastar a sombra que o PSB começa a fazer a uma aliança PT-PMDB. O PMDB está se sentindo como aquele noivo experiente que tem as melhores intenções para com a donzela, no caso, Dilma. Mas ela tem aquele ex-namoradinho de infância, o PSB de Ciro, que não tem um patrimônio tão grande (tempo de TV e estrutura nos estados) a oferecer à noiva, mas não larga do pé da moça.
O pai, no caso, Lula, tem feito de tudo para afastar esse moço, Ciro, do pé de Dilma. Quer transferi-lo para São Paulo. Mas ela ainda não está convencida de que o melhor casamento é mesmo com o PMDB e olha para o PSB com ares de um saudosismo dos tempos em que os dois saíam caminhando contra o vento, na oposição, enquanto o noivo mais velho, o PMDB, fazia fortuna, digo, ganhava experiência administrativa, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Agora, com a proposta de casamento feita, o noivo é atacado pelo namoradinho e a família da noiva não toma uma providência. O PMDB está considerando tudo isso uma humilhação. Ele está vendo o PSB negociando filiações pelo país afora, com o aval do PT e, em alguns casos de Lula, enquanto os peemedebistas só apanham.
Um exemplo: no Banco Central, todos dizem que o ministro-presidente, Henrique Meirelles, está de malas prontas para o PSB, aonde chegará como o grande cacique. E lá, o próprio Lula já disse que Meirelles era “o cara” para concorrer ao governo de Goiás. O PMDB, que de bobo nunca teve nada, já percebeu que a sua batata vai assar em Goiás, assim como em outros estados nesse triângulo político PT-PMDB-PSB. Por isso, está desde já cobrando os acordos políticos. Afinal, o casamento é em junho, data das convenções. A família do noivo só irá ao casório se estiver tudo certinho: igreja (vice) e padrinhos (palanques estaduais). Senão, o PMDB nem vai perder tempo encomendando o fraque, no caso, os votos para a convenção que definirá a aliança. Vai deixar correr solto. E Dilma que espere no altar.
Esse sentimento que os peemedebistas levaram a Lula de forma muito educada e cheia de dedos tem vários significados. E são bem mais profundos do que uma simples briga pela vaga de vice numa chapa encabeçada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O primeiro ponto é: o PMDB cansou de apanhar de todos os lados. Se é aliado, quer ser tratado com respeito pelo PT e pelos demais partidos. Isso vale também para Ciro Gomes.
Em segundo, não é preciso apenas saber quem será o vice da ministra Dilma. A avaliação geral da cúpula peemedebista é a de que há enormes chances de o partido fechar com Dilma, até porque o PMDB está no governo até o pescoço. Os peemedebistas são muito claros ao se referir a esses movimentos pré-eleitorais como um casal de noivos que prepara o casamento. A igreja, geralmente, é reservada com um ano de antecedência. O buffet, a encomenda do vestido, a música, de seis a oito meses. Por isso, para que esse casamento aconteça, a festa tem que ser preparada agora, senão não dá tempo. E a noiva, no caso Dilma, tem que se concentrar no casório em vez de ficar por aí perambulando com Ciro Gomes.
A ordem no PMDB hoje é afastar a sombra que o PSB começa a fazer a uma aliança PT-PMDB. O PMDB está se sentindo como aquele noivo experiente que tem as melhores intenções para com a donzela, no caso, Dilma. Mas ela tem aquele ex-namoradinho de infância, o PSB de Ciro, que não tem um patrimônio tão grande (tempo de TV e estrutura nos estados) a oferecer à noiva, mas não larga do pé da moça.
O pai, no caso, Lula, tem feito de tudo para afastar esse moço, Ciro, do pé de Dilma. Quer transferi-lo para São Paulo. Mas ela ainda não está convencida de que o melhor casamento é mesmo com o PMDB e olha para o PSB com ares de um saudosismo dos tempos em que os dois saíam caminhando contra o vento, na oposição, enquanto o noivo mais velho, o PMDB, fazia fortuna, digo, ganhava experiência administrativa, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Agora, com a proposta de casamento feita, o noivo é atacado pelo namoradinho e a família da noiva não toma uma providência. O PMDB está considerando tudo isso uma humilhação. Ele está vendo o PSB negociando filiações pelo país afora, com o aval do PT e, em alguns casos de Lula, enquanto os peemedebistas só apanham.
Um exemplo: no Banco Central, todos dizem que o ministro-presidente, Henrique Meirelles, está de malas prontas para o PSB, aonde chegará como o grande cacique. E lá, o próprio Lula já disse que Meirelles era “o cara” para concorrer ao governo de Goiás. O PMDB, que de bobo nunca teve nada, já percebeu que a sua batata vai assar em Goiás, assim como em outros estados nesse triângulo político PT-PMDB-PSB. Por isso, está desde já cobrando os acordos políticos. Afinal, o casamento é em junho, data das convenções. A família do noivo só irá ao casório se estiver tudo certinho: igreja (vice) e padrinhos (palanques estaduais). Senão, o PMDB nem vai perder tempo encomendando o fraque, no caso, os votos para a convenção que definirá a aliança. Vai deixar correr solto. E Dilma que espere no altar.
Eu, peemedebista que sou, fico aqui torcendo para que meu partido decida logo deixar o barco do PT afundar, já que seguramos a barra do Lula até agora e nunca tivemos o merecido respeito da turminha da boquinha. Vamos ganhar a eleição com o Serra que é e sempre foi muito melhor que o pseudo-operário. A hora é agora e o meu PMDB não pode perder a oportunidade de mostrar que quem decide somos nós.
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