Balanço do PAC indica que 50% do orçamento foi desembolsado

Os investimentos realizados no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de 2007 até agosto passado ultrapassaram a marca de 50% do previsto para os quatro anos de vigência do programa, segundo balanço divulgado ontem. O dado foi comemorado pelo governo. "Em essência, o PAC está cumprindo seus princípios básicos", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Já a oposição criticou o ritmo do programa e destacou que dificilmente a meta de investimentos até 2010 será atingida.

De acordo com os dados divulgados, os investimentos realizados até agosto somaram R$ 338,4 bilhões, o que corresponde a 53,6% do total previsto para o período de 2007 a 2010. As estatais contribuíram com quase um terço do volume investido até agora, enquanto as empresas do setor privado desembolsaram R$ 83,6 bilhões. Somente nos primeiros oito meses de 2009, os investimentos ultrapassaram a marca de R$ 98 bilhões.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, evitou fazer projeções sobre quanto deverá ser investido até o final do ano. "Não vou dizer porque, se houver qualquer oscilação para menos, vão dizer que foi um fiasco, e se for para mais, não vai passar da minha obrigação."

A avaliação das obras efetivamente concluídas até agosto, porém, traz um quadro menos positivo para o governo. Nos setores de logística, energia e social e urbano, a taxa de conclusão foi de 22% em relação ao programado para os quatro anos. No total, incluindo as operações de financiamento habitacional, o porcentual de ações concluídas atingiu 32,9%.

O monitoramento do PAC envolve 2.392 ações, excluídas as obras de saneamento e habitação. De acordo com o balanço, desse total, 70% estão com "andamento adequado", 7% em situação de atenção e 1% com ritmo "preocupante".

PROPAGANDA

"O governo sofre de delírio coletivo. A Dilma enxerga o que é bom para ela em detrimento da população", afirmou o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO). Assessores do DEM que monitoram a execução orçamentária consideram "remota" a possibilidade de o governo executar, no último ano do programa, praticamente metade dos investimentos previstos para os quatro anos.

Escalado pelo PSDB, o deputado Zenaldo Coutinho (PA) também questionou o ritmo de andamento dos projetos. "Temos muitas obras anunciadas por meio de publicidade que nem sequer saíram do papel e nem têm projeto ou licença ambiental", criticou.

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