Com a Câmara Legislativa do Distrito Federal transformada em palco de protestos diários, o governador José Roberto Arruda (sem-partido) convocou ontem os parlamentares da base aliada à residência oficial para orientá-los sobre os processos de impeachment que tramitam na Casa contra ele.
Ontem, a manifestação só foi contida com a ação da Polícia Legislativa. O presidente da Câmara em exercício, Cabo Patrício (PT), determinou à polícia a retirada dos manifestantes. Vários deles tiveram de ser retirados à força das galerias.
Por conta do barulho, Cabo Patrício suspendeu a sessão. O grupo protestava contra o esquema de corrupção denunciado pela Operação Caixa de Pandora, que tem, segundo o Ministério Público, Arruda como chefe. Além disso, queria pressionar os parlamentares para que não entrem em recesso e analisem pedidos de impeachment.
PRUDENTE
Em outra manobra, o DEM decidiu que só examinará em janeiro o processo de expulsão do presidente licenciado da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, que aparece em gravações de vídeo guardando dinheiro nos bolsos e na meia.
Ao dar essa informação, o secretário-geral do partido no Distrito Federal, Flávio Cury, confirmou que o ex-senador Lindberg Cury será o relator do processo. Ele substitui Nilo Cerqueira, que desistiu do posto.
Cury informou que o deputado distrital foi notificado ontem do processo de expulsão e terá prazo até o dia 28 para apresentar a sua defesa.
TARSO
Na véspera da entrega ao STJ do relatório da Polícia Federal sobre o "mensalão do DEM", o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que o combate à corrupção voltará a ser tema central na atuação em 2010. Tarso afirmou que não faz juízo de valor sobre o esquema de pagamento de propinas no DF, que envolve Arruda, políticos e autoridades locais, mas considerou que os fatos "têm grande gravidade"
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