Yeda corrupta investe metade do valor previsto em 2009

O governo gaúcho não conseguirá cumprir a meta de investimentos planejada para 2009. Foram destinados R$ 600 milhões para esta finalidade entre janeiro e outubro, o equivalente a 4% da receita corrente líquida, segundo a Secretaria do Planejamento, enquanto o Orçamento de 2009 previa aplicar 6,9%, somando R$ 1,256 bilhão em recursos próprios. Ao apresentar um resumo dos resultados do ano, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), disse hoje que o investimento foi afetado pelo desempenho da receita abaixo do esperado e entraves burocráticos que prejudicaram o andamento de projetos. Segundo a Secretaria da Fazenda, a arrecadação do Estado caiu 0,2% em termos nominais de janeiro a outubro, ante 2008, e 2,6% se descontada a inflação deste período.

Yeda também culpou a redução de transferências da União pela receita abaixo do esperado. A governadora citou uma queda de 20% nos repasses, sem detalhar o resultado. Entre os aspectos burocráticos que atrapalharam investimentos, ela fez referência à falta de licenças que retardaram projetos de saneamento. Nos aspectos positivos de 2009, a governadora citou o pagamento do 13º salário do funcionalismo com recursos próprios, em vez de recorrer a empréstimos, como em anos anteriores, e prometeu que o Estado irá atacar "outros déficits" além do orçamentário, uma de suas principais bandeiras.

Para a governadora, a crise política prejudicou a divulgação de seus atos. Ela atribuiu às "interferências destas questões políticas" a dificuldade de informar "toda a sequência do que a gente estava conseguindo realizar".

Yeda foi alvo de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento na fraude do Detran-RS, da qual foi excluída, em outubro, por decisão do Tribunal Regional Federal, que julgou inapropriado este tipo de processo contra agente político. Um processo de impeachment contra a governadora começou a tramitar na Assembleia Legislativa, onde Yeda conta com expressiva maioria de aliados. O processo foi encerrado ainda na fase de admissibilidade.

Se confirmar a disposição de concorrer à reeleição, a governadora terá como adversários, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB). Tarso foi escolhido pelo PT como pré-candidato em julho e o PMDB anunciou o nome de Fogaça na semana passada. PT e PMDB disputam, para a eleição estadual, o apoio de siglas como PDT e PTB, que são aliadas de Fogaça na prefeitura da capital.

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