O crescimento da economia brasileira no terceiro trimestre superou com tranquilidade o registrado pelos países desenvolvidos e foi um dos maiores da América Latina, Em termos anualizados, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 5,3% entre julho e setembro, na série livre de influências sazonais, bem acima dos 2,8% dos Estados Unidos e do 1,5% da Zona do Euro, epicentros da crise global, mas muito abaixo dos 10% da China e dos 13,6% da Coreia do Sul e dos 11,6% da Índia.
Para o analista-sênior para a América Latina da Economist Intelligence Unit (EIU), Robert Wood, os países asiáticos exibem expansão mais forte em parte por conta dos generosos estímulos fiscais e monetários adotados para combater a crise. Além disso, são países que têm um crescimento potencial (aquele que não acelera a inflação) bastante superior ao do Brasil, diz ele. Com isso, é normal que avancem a um ritmo mais rápido que o brasileiro.
Na comparação com os países da América Latina, o país tem se saído bem. O crescimento no terceiro trimestre foi superior aos 4,6% anualizados do Chile, o 1,9% da Colômbia, e o tombo de 7,8% da Venezuela. Ficou um pouco atrás dos 12,2% do México, mas também é preciso ver o número com cautela. Muito dependente do que se passa nos EUA, a economia mexicana havia mergulhado nos trimestres anteriores. De janeiro a março, por exemplo, a queda atingiu 21,2%. "O Brasil deve liderar o crescimento na América Latina no ano que vem", diz Wood.
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