DEM já articula alternativa em caso de desistência de governador paulista

Setores do DEM insatisfeitos com os rumos da campanha do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), começam a ressuscitar a ideia de ter o governador de Minas, Aécio Neves, novamente como cabeça de chapa.

A candidatura de Serra, tendo Aécio como vice, ainda é a primeira aposta do DEM. A alternativa Aécio é vista como a segunda hipótese. Ontem à noite, o líder da bancada do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), visitou o governador mineiro, oficialmente para uma conversa ainda em torno da hipótese de Aécio ser vice de Serra.

O DEM avalia que Serra está consolidando sua candidatura ao aumentar a sua participação nas articulações dos palanques regionais. Se a candidatura a vice for de fato descartada, o que pode ficar claro após o encontro entre Aécio e Serra previsto para hoje, integrantes do partido avaliam como concreta a chance de Serra sair da disputa.

Neste caso, Aécio poderá ser instado a reapresentar-se. E os dirigentes do DEM não acreditam que haverá resistência do mineiro, candidato declarado ao Senado este ano. Os dirigentes do DEM argumentam que começa a ser armar em Minas Gerais uma grande frente contra sua aliança, formada por PT e PMDB, em torno provavelmente da candidatura do ministro das Comunicações, o pemedebista Hélio Costa. Em uma posição chave na disputa presidencial, poderia abrir o caminho para eleição de seu candidato, o vice-governador Antonio Anastasia de uma maneira mais eficaz do que concorrendo ao Senado.

Transita dentro do partido a avaliação de que uma eventual candidatura do governador Aécio Neves poderia ser mais viável em termos eleitorais do que a de Serra, apesar do paulista ter aparecido com cerca do dobro de intenções de voto do mineiro, na época em que simulações com os dois governadores tucanos eram feitas.

Com a administração do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), desgastada e depois da destruição do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), o partido teme o vazio caso o tucano paulista desista da sua pretensão.

Circulam no DEM avaliações pela quais Aécio poderia trazer para si todos os estados do Sudeste. Além de Minas e São Paulo, também o Rio de Janeiro e o Espírito Santo-onde os governadores Sergio Cabral (PMDB) e Paulo Hartung (PMDB) são até o momento sólidos aliados da pré-candidata petista, Dilma Rousseff (PT). A proximidade de Aécio com o deputado federal Ciro Gomes (PSB) poderia atenuar a vantagem situacionista no Nordeste.

E mesmo perdendo a eleição, de acordo com estas avaliações, Aécio garantiria um comando nacional para a oposição em 2014. Por cálculos examinados dentro do partido, PSDB e DEM consideram-se favoritos para ganhar os governos estaduais do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Norte e crêem disputar com chances ainda na Bahia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Roraima.

Hoje, o governador de Minas vai a Brasília para participar de solenidade no Congresso Nacional em homenagem ao cen

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