Aliados do PSDB ganham mais...O resto do povo que se dane

Prefeituras tucanas e de partidos aliados em São Paulo foram as mais beneficiadas em convênios firmados com o governo José Serra/Alberto Goldman (PSDB) nos últimos 12 meses. Levantamento feito pelo JT com os 37 municípios com mais de 200 mil habitantes, incluindo a capital, mostra que as gestões de siglas da base governista na Assembleia Legislativa receberam quase seis vezes mais recursos estaduais por habitante do que as do PT, que faz oposição. O governo nega favorecimento.

As sete prefeituras do PSDB, por exemplo, somaram neste período R$ 44,74 milhões em transferências voluntárias de recursos - quando o Estado não é obrigado por lei a fazê-las. Em contrapartida, as 13 administrações do PT obtiveram, juntas, R$ 19,14 milhões. Se divididos pelo número total de habitantes, as gestões tucanas, com 2,7 milhões de moradores, tiveram R$ 16,57 em recursos per capita, ante R$ 3,68 das petistas - 5,2 milhões de pessoas. Os dados são da Secretaria da Fazenda.

No topo do ranking dos partidos está o PMDB, comandando no Estado pelo ex-governador Orestes Quércia, aliado de Serra e pré-candidato ao Senado na chapa do tucano Geraldo Alckmin ao governo paulista. As seis prefeituras peemedebistas, que somam 1,8 milhão de habitantes, obtiveram R$ 38,64 milhões em convênios, ou R$ 21,23 por morador.

Baixada lidera

É do PMDB, inclusive, a prefeitura que registrou a maior média por habitante. Santos, do prefeito João Paulo Tavares Papa, aliado de Quércia, soma R$ 22,2 milhões em convênios, média de R$ 53,24 por morador. “Do total, 20 milhões são recursos de um fundo específico para as 67 cidades do Estado que são estâncias. Está previsto em lei. Não tem privilégio nenhum”, alega Papa.

Na sequência vêm as vizinhas Praia Grande, do PSDB, com R$ 42,60 por habitante, e São Vicente, do PSB, com R$ 35,22, estâncias balneárias como Santos. Na divisão por partidos, o PSB, cujos deputados estaduais integram a base governista na Assembleia mas a cúpula pretende lançar candidato próprio ao governo - Paulo Skaf -, ocupa o terceiro lugar no ranking. Foram R$ 19,98 milhões em convênios, ou R$ 20,47 por morador das três cidades - além de São Vicente, São José do Rio Preto e Taboão da Serra.

Rio Preto, aliás, que não é estância turística, é a quinta cidade que mais recebeu recursos voluntários - R$ 8,3 milhões. Lá, o prefeito Valdomiro Lopes tem estreito laço com o PSDB, que ajudou a elegê-lo. Os socialistas da cidade, inclusive, abriram mão de lançar um candidato a deputado federal para não atrapalhar a campanha do líder do governo na Assembleia, o tucano Vaz de Lima. Em contrapartida, Taboão, cujo prefeito Dr. Evilásio é aliado ao PT, teve o menor repasse das 37 cidades, apenas R$ 20,9 mil.

Com mais de R$ 7 milhões em repasses encontram-se ainda Piracicaba e Sorocaba, duas administrações tucanas, e Presidente Prudente, do PTB, cujo presidente estadual, deputado Campos Machado, apoia Serra. Piracicaba, aliás, é governada por Barjas Negri, ex-ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso.

Das sete últimas prefeituras menos beneficiadas - menos de R$ 700 mil, cinco são petistas. Entre elas São Bernardo, do lulista Luiz Marinho, e Diadema, que teve R$ 0,56 em recursos por habitante. “Isso mostra uma parcialidade absurda do governo do PSDB. Nós somos boicotados”, acusou o vice-prefeito Gilson Menezes.JT

TOP 10
São Paulo (DEM): R$ 98,5 mi
Santos (PMDB): R$ 22,2 mi
São Vicente (PSB):R$ 11,6 mi
Praia Grande (PSDB): R$ 10,6 mi
Rio Preto (PSDB): R$ 8,3 mi
Piracicaba (PSDB): R$ 7,6 mi
Sorocaba (PSDB): R$ 7,5 mi
Pres. Prudente (PTB): R$ 7,1 mi
Araraquara (PMDB) - R$ 6,5 mi
Bauru (PMDB): R$ 6,3 mi

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