O Ministério de Relações Exteriores brasileiro anunciou neste sábado, 7, a doação de US$ 500 mil ao Paquistão. A contribuição pretende auxiliar a população atingida pelas fortes chuvas que castigam o país e já mataram em torno de 1.100.
Segundo o comunicado do Itamaraty, "em maio de 2010, o Brasil havia destinado ao Paquistão, por intermédio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), doação no valor de US$ 200 mil, que foram utilizados para aquisição de bens considerados prioritários para o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional da população paquistanesa em situação de vulnerabilidade." Dessa forma, com a ajuda humanitária deste sábado, 7, cresce para US$ 700 mil os recursos doados pelo País para o Paquistão.
A situação no Paquistão
A queda de novas chuvas complicou a assistência aos afetados pelas inundações mais graves da história do Paquistão, enquanto as autoridades cruzam os dedos para que as represas do sul do país não transbordem.
Segundo o NDMA, o número de vítimas fatais até o momento está em torno de 1.100, mas a ONU fala em 1.600 mortos, em uma tragédia que já afetou diretamente 12 milhões dos 170 milhões de habitantes do Paquistão.
Centenas de milhares de desabrigados, principalmente no noroeste, a ajuda de autoridades e organismos humanitários está encontrando muitas dificuldades devido às condições do tempo e aos danos na infraestrutura. "As contínuas chuvas oferecem grandes dificuldades aos trabalhos de assistência e fazem com que áreas que estavam se recuperando voltem a ficar inundadas", disse Azmat Ali, porta-voz do Exército paquistanês.
Segundo Ali, diversas pontes e estradas foram reparadas nos últimos dias "de forma temporária" para facilitar a chegada de ajuda, ainda mais essencial no momento em que os primeiros focos de doenças surgem entre a população.
Segundo dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), foram registrados pelo menos cinco mil casos de diarreia. O Crescente Vermelho (versão islâmica da Cruz Vermelha), por sua vez, confirmou casos de cólera em Khyber-Pakhtunkhwa.
No momento em que o Paquistão enfrenta uma das maiores tragédias de sua história, o presidente do país, Asif Ali Zardari, tem sido alvo de críticas por estar em visita oficial à Europa desde domingo.
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