É grave a crise nos hospitais administrados pela Prefeitura de São Paulo.
O diagnóstico é da própria Secretaria Municipal da Saúde, que encomendou um relatório para avaliar as condições de infraestrutura em 11 unidades da capital.
Os prédios são antigos e não estão adaptados às normas de segurança e conforto. Todos, sem exceção, carecem de algum tipo de reforma ou reparo.
Falta espaço para atendimento nas enfermarias, e há muitos leitos desativados. Mais de 300 vagas deveriam ser oferecidas para que essas unidades pudessem atender a um número ideal de pacientes.
O caso mais grave é o do Hospital Municipal Waldomiro de Paula, em Itaquera. Falta tudo na unidade: elevadores que funcionem, luz no banheiro, pintura, proteção contra a chuva na entrada do pronto-socorro.
Os pacientes, quando precisam fazer exames, têm que subir e descer escadas. A acompanhante de uma pessoa internada relatou ao Agora que o cheiro de esgoto no local é insuportável.
Para completar, o teto da ala psiquiátrica desabou. Há dois anos! O setor foi interditado, e os doentes mentais ainda convivem com os demais pacientes.
A conclusão do relatório é drástica: o hospital deve ser demolido.
O prefeito Gilberto Kassab promete reformar os prédios e melhorar sua infraestrutura. Às voltas com tantos problemas, ainda tem que cumprir a promessa de campanha de construir três novos hospitais na cidade --que ainda nem saíram do papel.
Espera-se que o prefeito Gilberto Kassab do DEM cumpra o prometido. Mas deveria começar por fazer funcionar de forma decente as unidades que já existem.
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