O governo do Estado Alberto Goldman do PSDB teve uma ideia infeliz: oferecer dinheiro para que alunos da rede pública frequentem aulas de matemática.
A intenção pode até ter sido boa, mas, como dizem, o inferno está cheio delas.
Há coisas na vida que não se vendem, nem se compram. O esforço escolar é uma delas --do mesmo modo que a honestidade e o respeito ao próximo.
É tarefa da escola ensinar esses valores às crianças. Mas, ao pagar R$ 50 para que meninos de 11 e 12 anos estudem, o Estado dá um péssimo exemplo e ensina uma péssima lição.
O governo parece movido pelo desespero. Resolveu oferecer dinheiro por ter medo de que os alunos não compareçam ao programa de aulas extras de matemática que vão implementar.
A ideia do reforço é boa. Matemática é uma das disciplinas em que os estudantes mais têm dificuldades.
Para mudar essa realidade, 400 alunos do ensino médio, craques nas contas, vão ajudar 1.200 colegas mais novos, do 6º e do 7º anos, a superar suas dificuldades.
É uma iniciativa elogiável. O que não faz sentido é ensinar matemática ao mesmo tempo em que se deseduca as crianças, dando o exemplo errado.
Há muitas outras iniciativas que o Estado deve tomar para tornar a escola um lugar mais atraente para os estudantes.
É preciso investir na preparação dos professores e remunerá-los melhor, por exemplo. Eles devem ser estimulados a dar aulas melhores e mais interessantes.
O que não pode é dar dinheiro. Criança tem que estudar porque tem que estudar. É uma obrigação, e elas precisam aprender a cumprir com seus deveres.
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