Coordenador da campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro Antonio Palocci Filho foi a estrela de um jantar oferecido por Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, na sexta-feira, em sua casa no Jardim América, em SP.
A reunião começou logo depois da divulgação da pesquisa do Datafolha que mostrava que Dilma, mesmo com as denúncias recentes, lidera a corrida presidencial. Festejado por todos, o ex-ministro foi tratado como figura central -e confiável- de um eventual governo da petista.
"Saímos da situação de uma nação de contrastes abissais para a de um país de classe média", disse Flávio Rocha. Classificando a situação de "mágica", ele elogiou a "habilidade sobrenatural do presidente Lula de lidar com um extenso arco de ideologias, colocando acima de todas a ideologia do bom senso". "A sua presença num eventual futuro governo [de Dilma] nos dá a paz e a tranquilidade necessárias de que isso vai continuar."
Mostrando intimidade com a plateia ("eu já conheço os senhores", "já tive a oportunidade de visitar as empresas de muitos dos que estão aqui", repetia), Palocci procurou amenizar a imagem de que Dilma é "gastadora" e não tem habilidade política. "Eu vi, no governo, como ela articulou com maestria a gestão do setor elétrico com o PMDB", partido que comandava estatais da área. Ainda sobre Dilma: "Felizmente, tudo deu certo, mas muitas vezes saíamos da sala do presidente Lula sem saber o que ele decidiria no dia seguinte. Já a Dilma é uma pessoa de processos. Se ganhar as eleições, ela vai mostrar com muita clareza o que vai fazer no governo, tudo com começo, meio e fim".
As referências às denúncias recentes foram indiretas e creditadas "ao calor da disputa eleitoral". "Se vencermos a eleição, vamos procurar a oposição para tentar chegar a um consenso sobre reformas necessárias ao Brasil." Ele terminou o discurso pedindo votos ao deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Depois dos aplausos, empresários pediam a Palocci que repetisse o número de Cunha na urna eletrônica, fazendo questão de deixar claro que seguiriam a sua indicação eleitoral.
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