Fora papa!


Aberta a porteira, com a intromissão indevida do Papa na campanha eleitoral brasileira, teremos abertas as possibilidades de outras intervenções, de Chávez a Obama. Interessante assinalar o ensurdecedor silêncio de Sua Santidade em outras questões relevantes, tais como os escândalos da pedofilia no clero nacional. Não demora, e os nossos casais, para se relacionarem, terão de pedir autorização aos fundamentalistas de todas as religiões. Que venham as boiadas.O episcopado não deve subir nos palanques, mesmo porque ainda não tem resolvido de forma convincente o grave pecado da pedofilia no clero, cuja solução, até agora, tem sido a indenização em milhões de dólares às vítimas.

Dilma Rousseff mostrou ao Papa que não aceita monitoramento religioso, assim como Lula já mostrou ao Pentágono que não aceita o monitoramento de nossa política externa, e ao FMI, nosso monitoramento econômico. O Papa, em vez desta declaração infeliz e oportunista, moldada bem ao gosto da rede de maledicências da Igreja, podia deixar para conversar sobre o aborto após a eleição, via diplomática. Até porque o Brasil agora é outro. E merece respeito à altura de sua importância.

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