Câmara vai processar comentarista Arnaldo Jabor

Essa notícia eu pesquei daqui do site da Câmara.O presidente Arlindo Chinaglia anunciou hoje, em plenário, que a Câmara vai processar o comentarista Arnaldo Jabor, da rádio CBN. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, durante reunião dos líderes partidários.

Em rede nacional, Jabor ironizou os gastos com combustível declarados por deputados, a quem chamou de "canalhas". Ele também pediu a prisão dos parlamentares, de forma genérica.

Chinaglia considerou inadmissível o ataque do comentarista. "Evidentemente que nós não queremos aqui nenhum tipo de atitude que represente uma mudança de comportamento, como se, a partir de agora, nós fôssemos atacar a imprensa. Não é isso. O que nós vamos fazer é defender a instituição", disse Chinaglia, que considerou o ataque do jornalista "injusto e generalizado". "Chegou ao nível do inadmissível", avaliou.

Legitimidade
O presidente da Câmara prometeu ainda estabelecer um debate público com os meios de comunicação para evitar esses excessos. "Não queremos compaixão com o erro, mas queremos respeito à democracia", disse.

Para ele, a desqualificação da política não é um ato ingênuo, e procura retirar das mãos da população uma instância legítima de representação e de defesa de direitos. "Não queremos passar a idéia de que aqui somos igualmente puros, mas temos a legitimidade para representar o povo, e isso precisa ser respeitado", disse.

Consultoria jurídica
Chinaglia pediu empenho dos deputados para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 214/03, que cria uma consultoria jurídica para a Câmara, nos moldes da Advocacia Geral da União. A consultoria seria útil, segundo o presidente da Casa, para defender os deputados em casos como esse.

A PEC que cria a consultoria jurídica, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) no último dia 18, deve ser analisada por uma comissão especial antes de ser votada pelo Plenário.

Inpunidade
O vice-líder do governo Henrique Fontana (PT-RS) defendeu a liberdade de imprensa, mas apoiou a decisão de Chinaglia por considerar que o ataque à honra e a generalização feita por Jabor foram um crime que não pode ficar impune. "Eu não sou canalha. Sinto-me insultado, como todos os deputados", disse.

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