Confirmada a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, os deputados protagonizaram ontem cenas de incerteza e convicção. Ainda há impasse sobre quem ficará com a presidência e a relatoria devido a boatos de uma negociação com a oposição, destinada a enterrar a comissão semelhante do Senado. E o DEM ameaçou levar a questão de volta ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso não consiga um cargo de direção na CPI.
Enquanto todos negam um acordo para abafar uma das investigações, nos corredores do Congresso há o comentário de que a instalação no Senado seria uma forma de a oposição pressionar o governo para ficar com a presidência da comissão na Câmara. O maior bloco da Casa é formado pelo PT e PMDB, que teria direito a pelo menos um dos cargos da mesa, como a presidência.Nesse caso, cabe ao presidente da CPI decidir quem fica com a relatoria. Se for seguido o regimento, que prevê os cargos para as maiores bancadas, o PMDB fica com a presidência da comissão, e o PT, com a relatoria. É o que pretende o governo. Mas o líder do DEM, Onix Lorenzoni (RS), ameaçou ontem à noite levar a questão ao STF se a escolha não for por bloco e a oposição não tiver lugar à mesa.
Nesse caso, DEM, PSDB e PPS – que formam o segundo maior bloco – teriam direito a um cargo na mesa. Ontem à tarde, os governistas já negavam acordo. "Essa palavra negociação não nos cabe – disse o líder do PSB, Antônio Carlos Pannunzio (SP). – Não faço nenhuma concessão. Estamos afinados com a bancada no Senado e haverá as duas CPIs.O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), seguiu a mesma linha. "Só vamos apresentar os nomes para os cargos na quarta-feira. O importante é que o regimento seja seguido", disse. Mas, entrelinhas, tanto oposicionistas quanto governistas deixaram a entender que, até a instalação, tudo pode mudar. "Num acordo político, mesmo o maior bloco ou a maior bancada podem não ter a presidência. Sobre a relatoria, vai depender também do acordo que será feito, ao que parece, entre os partidos da bancada governista", acrescentou Arlindo Chinaglia.
Embora Pannunzio tenha aumentado a grita pela criação das duas CPIs, admitiu ser considerável a possibilidade de o PSDB ou DEM integrarem a mesa na Câmara, independentemente da comissão instalada no Senado. "Existe uma tradição na Câmara de alternância entre relatoria e presidência entre as maiores bancadas. Se for decido por bloco, somos o segundo maior, e poderemos ficar com a relatoria", comentou o tucano. "Gostaríamos de ver mantida a tradição, mas não vamos fazer pressão por conta disso", acrescentou.O PSDB e o DEM (ex-PFL) já sabem em quem vão mirar o ataque: a Infraero - estatal responsável pela administração dos aeroportos - e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que fiscaliza as companhias. "A Infraero será o foco", adiantou o líder do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP).
Enquanto todos negam um acordo para abafar uma das investigações, nos corredores do Congresso há o comentário de que a instalação no Senado seria uma forma de a oposição pressionar o governo para ficar com a presidência da comissão na Câmara. O maior bloco da Casa é formado pelo PT e PMDB, que teria direito a pelo menos um dos cargos da mesa, como a presidência.Nesse caso, cabe ao presidente da CPI decidir quem fica com a relatoria. Se for seguido o regimento, que prevê os cargos para as maiores bancadas, o PMDB fica com a presidência da comissão, e o PT, com a relatoria. É o que pretende o governo. Mas o líder do DEM, Onix Lorenzoni (RS), ameaçou ontem à noite levar a questão ao STF se a escolha não for por bloco e a oposição não tiver lugar à mesa.
Nesse caso, DEM, PSDB e PPS – que formam o segundo maior bloco – teriam direito a um cargo na mesa. Ontem à tarde, os governistas já negavam acordo. "Essa palavra negociação não nos cabe – disse o líder do PSB, Antônio Carlos Pannunzio (SP). – Não faço nenhuma concessão. Estamos afinados com a bancada no Senado e haverá as duas CPIs.O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), seguiu a mesma linha. "Só vamos apresentar os nomes para os cargos na quarta-feira. O importante é que o regimento seja seguido", disse. Mas, entrelinhas, tanto oposicionistas quanto governistas deixaram a entender que, até a instalação, tudo pode mudar. "Num acordo político, mesmo o maior bloco ou a maior bancada podem não ter a presidência. Sobre a relatoria, vai depender também do acordo que será feito, ao que parece, entre os partidos da bancada governista", acrescentou Arlindo Chinaglia.
Embora Pannunzio tenha aumentado a grita pela criação das duas CPIs, admitiu ser considerável a possibilidade de o PSDB ou DEM integrarem a mesa na Câmara, independentemente da comissão instalada no Senado. "Existe uma tradição na Câmara de alternância entre relatoria e presidência entre as maiores bancadas. Se for decido por bloco, somos o segundo maior, e poderemos ficar com a relatoria", comentou o tucano. "Gostaríamos de ver mantida a tradição, mas não vamos fazer pressão por conta disso", acrescentou.O PSDB e o DEM (ex-PFL) já sabem em quem vão mirar o ataque: a Infraero - estatal responsável pela administração dos aeroportos - e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que fiscaliza as companhias. "A Infraero será o foco", adiantou o líder do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP).
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