Planejamento familiar
Lula quer a venda de anticoncepcionais de baixo custo em 3,5 mil postos de farmácia e SUS bancando as cirurgias de vasectomia
O governo federal vai vender anticoncepcionais ao preço máximo de R$ 0,40 em 3.500 pontos de vendas do programa Farmácia Popular e facilitar a realização de vasectomias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito ontem, Dia Internacional da Saúde da Mulher e da Redução da Mortalidade Materna, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante solenidade na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Garantir acesso para a mulher evitar a gravidez e permitir ao homem fazer vasectomia na rede pública é, no mínimo, além de bom senso, uma coisa razoável”, disse o presidente. Os investimentos do governo federal serão de R$ 100 milhões.
Temporão afirmou que não se importa com as críticas da Igreja ao fato de o governo incentivar o uso de anticoncepcionais. Ele lembrou que a maioria dos casais católicos é a favor dessas medidas e adota diversos métodos contraceptivos. Questionado sobre a descriminalização do aborto, o ministro respondeu que percebe “uma grande cobrança da sociedade e uma grande demanda por mais informação e por mais condições para poder planejar sua família”. Mas, ressaltou, possíveis mudanças na legislação sobre o aborto serão definidas pelo Congresso.
A venda de anticoncepcionais a preços reduzidos foi anunciada 15 dias depois de o papa Bento XVI ter visitado o Brasil e criticado decisões que incentivariam a “permissividade” do comportamento sexual das pessoas. O presidente Lula considerou o anúncio um exemplo de “reparação” e disse que o Brasil tem uma dívida com as mulheres, os indígenas e os afrodescendentes. A oferta gratuita de pílulas anticoncepcionais deve saltar de 20 milhões de cartelas para 50 milhões por ano.
Segundo o presidente, a oferta de anticoncepcionais com desconto de 90% é uma das medidas possíveis de serem implantadas agora, “quando não temos o peso da reeleição nas costas”. O governo vai subsidiar a maior parte dos contraceptivos. De acordo com Lula, a medida dará condição para que as famílias carentes possam decidir quantos filhos querem ter e em que momento. “Temos de proteger a parte mais pobre da população, exatamente a que não recebe nem em dinheiro nem em educação aquilo que recebem setores médios da sociedade”, avaliou.
Para incentivar os homens a realizarem vasectomias, em cirurgias que levam 15 minutos pela rede do SUS, o Ministério da Saúde elevará o valor do pagamento aos prestadores de serviço de R$ 20 para R$ 123. Temporão observou ainda que, de 2002 para cá, o número de vasectomias realizadas no Brasil subiu de 5 mil para 20 mil. Perguntado por um amigo se já teria feito essa cirurgia, Lula contou ter respondido que isso seria uma questão de “foro íntimo” e um “segredo de Estado”.
O ministro também comemorou a redução de 14% no país da taxa de mortalidade infantil neonatal. A meta era de 15%. Já a mortalidade materna, cuja meta também era de 15%, teve a redução de 7,2%.
Permitir ao homem fazer vasectomia na rede pública é, no mínimo, além de bom senso, uma coisa razoável
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Lula quer a venda de anticoncepcionais de baixo custo em 3,5 mil postos de farmácia e SUS bancando as cirurgias de vasectomia
O governo federal vai vender anticoncepcionais ao preço máximo de R$ 0,40 em 3.500 pontos de vendas do programa Farmácia Popular e facilitar a realização de vasectomias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito ontem, Dia Internacional da Saúde da Mulher e da Redução da Mortalidade Materna, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante solenidade na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Garantir acesso para a mulher evitar a gravidez e permitir ao homem fazer vasectomia na rede pública é, no mínimo, além de bom senso, uma coisa razoável”, disse o presidente. Os investimentos do governo federal serão de R$ 100 milhões.
Temporão afirmou que não se importa com as críticas da Igreja ao fato de o governo incentivar o uso de anticoncepcionais. Ele lembrou que a maioria dos casais católicos é a favor dessas medidas e adota diversos métodos contraceptivos. Questionado sobre a descriminalização do aborto, o ministro respondeu que percebe “uma grande cobrança da sociedade e uma grande demanda por mais informação e por mais condições para poder planejar sua família”. Mas, ressaltou, possíveis mudanças na legislação sobre o aborto serão definidas pelo Congresso.
A venda de anticoncepcionais a preços reduzidos foi anunciada 15 dias depois de o papa Bento XVI ter visitado o Brasil e criticado decisões que incentivariam a “permissividade” do comportamento sexual das pessoas. O presidente Lula considerou o anúncio um exemplo de “reparação” e disse que o Brasil tem uma dívida com as mulheres, os indígenas e os afrodescendentes. A oferta gratuita de pílulas anticoncepcionais deve saltar de 20 milhões de cartelas para 50 milhões por ano.
Segundo o presidente, a oferta de anticoncepcionais com desconto de 90% é uma das medidas possíveis de serem implantadas agora, “quando não temos o peso da reeleição nas costas”. O governo vai subsidiar a maior parte dos contraceptivos. De acordo com Lula, a medida dará condição para que as famílias carentes possam decidir quantos filhos querem ter e em que momento. “Temos de proteger a parte mais pobre da população, exatamente a que não recebe nem em dinheiro nem em educação aquilo que recebem setores médios da sociedade”, avaliou.
Para incentivar os homens a realizarem vasectomias, em cirurgias que levam 15 minutos pela rede do SUS, o Ministério da Saúde elevará o valor do pagamento aos prestadores de serviço de R$ 20 para R$ 123. Temporão observou ainda que, de 2002 para cá, o número de vasectomias realizadas no Brasil subiu de 5 mil para 20 mil. Perguntado por um amigo se já teria feito essa cirurgia, Lula contou ter respondido que isso seria uma questão de “foro íntimo” e um “segredo de Estado”.
O ministro também comemorou a redução de 14% no país da taxa de mortalidade infantil neonatal. A meta era de 15%. Já a mortalidade materna, cuja meta também era de 15%, teve a redução de 7,2%.
Permitir ao homem fazer vasectomia na rede pública é, no mínimo, além de bom senso, uma coisa razoável
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
0 comentários.:
Postar um comentário