DESEMPREGO CAI PARA 8,2%, MENOR ÍNDICE DESDE 2002


Resultado de novembro nas seis principais metrópoles do país é o melhor da série histórica do IBGE iniciada em 2002

Com crescimento econômico e maior confiança dos empresários, taxa recuou ao longo de todo o segundo semestre

A taxa de desemprego nas seis principais metrópoles do país caiu para o menor nível histórico em novembro -8,2%. É a mais baixa taxa de toda a nova série da pesquisa do IBGE, iniciada em 2002. Em outubro, havia sido de 8,7%. Em novembro de 2006, 9,5%.
Na média de 2007 (janeiro a novembro), a taxa ficou em 9,5% -a mais baixa para tal período desde o início da nova pesquisa. Em 2006, havia ficado em 10,1% na média de janeiro a novembro.

Outro dado positivo da pesquisa é que, pela primeira vez em um mês de novembro, o número de desempregados ficou abaixo dos 2 milhões -exato 1,922 milhão. E a tendência, segundo o IBGE, é que recue ainda mais em dezembro, a julgar pelo comportamento histórico do indicador.

Diante desses e de outros dados -aumento do rendimento e redução da informalidade-, Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, afirmou que o mercado de trabalho viveu "uma melhora generalizada" em novembro.
"O mês de novembro foi de recordes para o mercado de trabalho, o que é reflexo da melhora do cenário econômico", disse ele.

O ambiente favorável -juros menores, crédito em expansão, inflação dentro da meta, demanda aquecida, entre outros- fez a taxa de desemprego recuar durante todo o segundo semestre. Esse, disse Pereira, é o padrão normal do mercado de trabalho, o que não aconteceu em anos anteriores em razão de crises.
Azeredo Pereira arisca até mesmo dizer que 2007 foi o melhor ano para o emprego da nova pesquisa do IBGE. "O mercado de trabalho teve uma recuperação bem mais forte do que nos anos anteriores", disse.

Para Fábio Romão, economista da LCA, o "resultado de novembro foi bastante robusto" e surpreendeu as expectativas -ele havia estimado uma taxa de 8,5%. Para Romão, a maior confiança dos empresários é o principal motor do mercado de trabalho neste ano. Num cenário de consumo em alta, eles se sentem mais dispostos a contratar, segundo o economista.

Tal realidade se traduz nos números da pesquisa: o total de pessoas ocupadas nas seis regiões -São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador- cresceu 0,7% na comparação com outubro. Conseguiram emprego 148 mil pessoas.
Na outra ponta, 102 mil pessoas deixaram a condição de desempregado de outubro para novembro.

Já em relação a novembro de 2006, o número de ocupados aumentou 3,5% -ou 717 mil pessoas. "Foi um crescimento muito forte", avalia Romão. A desocupação, por seu turno, caiu 12% -ou 263 mil pessoas a menos. Romão ressalta ainda como bastante salutar o fato de a PEA (População Economicamente Ativa) crescer a um ritmo menor do que o da ocupação. Na comparação com novembro de 2006, a expansão da PEA foi de 2%. Esse fenômeno, diz, indica que o mercado absorve neste momento quem ingressa nele a procura de trabalho.
Entre os setores, os que mais geraram empregos em novembro foram educação, saúde e administração pública -alta de 7% na comparação com novembro de 2006- e outros serviços -5,1%. Nesse último, estão as atividades de alimentação, alojamento e outras.


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