Justiça condena Universal a indenizar viúva em R$ 10 mil


O juiz Jeová Sardinha de Moraes, da 7ª Vara Cível de Goiânia, condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a indenizar em R$ 10 mil uma viúva que disse ter sido pressionada a doar seu carro à instituição. Ao se arrepender, a viúva ainda teria sido agredida e humilhada. Cabe recurso. Segundo o TJ (Tribunal de Justiça) de Goiás, no processo, a viúva diz que a filha começou a freqüentar a igreja em 2005, após a morte do pai, sendo pressionada a fazer "doações exacerbadas", "sob a promessa de retribuição em dobro".
A filha teria vendido utensílios domésticos e móveis -entre os quais a cama em que dormia- para fazer doações à igreja. Segundo a viúva, a filha também a convenceu de assinar um documento em branco para transferir seu carro, sob o argumento de que iria vendê-lo.

Segundo o TJ, a viúva foi posteriormente à igreja para reivindicar o carro, sendo "maltratada, agredida fisicamente e exposta à humilhação". Na decisão, Moraes considerou que a Universal agiu de má-fé "incontestável", pois aceitou um carro de alguém que não era proprietário. Na sentença, ele ressalta que a filha disse ter sido pressionada pelos pastores a convencer a mãe de assinar um documento em branco. Para ele, a reação dos integrantes da Universal diante do pedido de devolução do carro dá, à viúva, o direito a indenização por danos morais.
Por meio de nota, a Igreja Universal do Reino de Deus informou que não irá se manifestar sobre o assunto, informando apenas que recorrerá da sentença.

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