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Feita para "educar", TV do metrô estréia com 50% de publicidade

Passou quase despercebido aos passageiros o primeiro dia de transmissões da TV Minuto, o canal de tevê do Metrô que estreou ontem na linha 2-verde, cujo movimento diário é de 330 mil pessoas. O conteúdo gravado -que vinha sendo exibido nos monitores instalados desde 2006- foi substituído ontem por uma programação atualizada.
Embora o canal tenha sido criado para "informar, educar e entreter", metade do conteúdo é publicidade. Na TV aberta, essa relação é, em geral, de 75% de programação e 25% de propaganda.
"As estações já estão cheias de publicidade por todos os lados", disse a advogada Araci Aparecida, 45.
Para o diretor comercial da TV Minuto, Dario Gohda, o tempo está bem dividido. "Vamos tentar manter a programação meio a meio para não perder a atenção do passageiro." Há 30 empresas com espaço na programação -a inserção custa de R$ 10 mil a R$ 100 mil.
O Metrô ganhará o equivalente a 33,6% do valor das propagandas -no mínimo, R$ 219 mil mensais, calcula Renata Lucena, gerente de negócios. Ao todo, 30% do conteúdo será de noticiário institucional.
A previsão de Gohda é que, até o final de março, o canal seja veiculado também na linha 3-vermelha e na linha 2-azul. O investimento foi de R$ 18 milhões.
Com a Lei Cidade Limpa, a publicidade também prospera em pilastras, catracas e paredes do metrô. A companhia quer lucrar 20% a mais que em 2006, quando faturou R$ 56 milhões.
"Quer povo mais criativo para fugir de lei que o brasileiro?", diz o contador Reginaldo Gomes, 37. Para Regina Monteiro, uma das idealizadoras da lei, essa é uma saída legítima. "Só acho preciso tomar cuidado com o excesso." (

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