Dirceu e Delúbio depõem


Mensalão

Intimado para prestar depoimento à Justiça federal em São Paulo na próxima quinta-feira, o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu vai negar envolvimento com o escândalo do mensalão, mas aproveitará a audiência para contestar diante de um tribunal as acusações de formação de quadrilha e corrupção passiva, aceitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto do ano passado. O procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza apontou o ex-ministro como "chefe da organização criminosa" através de propinas desviadas cofres públicos.

O relator da denúncia no STF, ministro Joaquim Barbosa, sustentou a abertura do processo penal contra Dirceu afirmando que o ex-ministro "de tudo sabia e mantinha contatos de alto nível" com uma das instituições financeiras supostamente envolvidas no esquema, o Banco Rural.

Desde que o processo teve início, essa é a primeira oportunidade que ele tem de se defender no judiciário. Vai debater ponto a ponto as acusações - disse ontem o advogado do ex-ministro, José Luis de Oliveira Lima. Dirceu vai manter a linha de defesa apresentada no Congresso, negando as acusações, mostrando que os argumentos do procurador são frágeis para levá-lo a uma condenação.


O chefe

José Dirceu sempre negou que o mensalão tenha existido ou que ele próprio tenha se envolvido em qualquer operação irregular pelo PT ou sendo operador do esquema, o empresário e publicitário Marcos Valério de Souza. Mesmo assim o STF aceitou a denúncia que o aponta como chefe dos 40 do mensalão. No início da próxima semana, o ex-ministro apresentará sua defesa prévia ao processo.

A fase de depoimentos do mensalão começou no mês passado, com os interrogatórios de vários parlamentares acusados, entre eles, o ex-presidente do PT, José Genoíno e o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha. Amanhã, a Justiça Federal toma em São Paulo, o depoimento do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, acusado de corrupção ativa e um dos réus mais importantes. Nesse dia também será ouvido o empresário Breno Fischberg, dono da Corretora Bônus Banval, envolvida no escândalo.

Na quinta serão ouvidos o ex-secretário do PT Silvio Pereira (o dirigente que aceitou de presente uma Land Rover) de um empresário, e Enivaldo Quadrado, da Bônus Banval. A primeira fase de depoimentos será encerrada com o interrogatório do deputado cassado Roberto Jefferson (PTB).Ai sim a coisa vai pegar fogo, promete o corrupto Jef

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