O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou ontem que a prioridade do Planalto é aparar as arestas com a base para, depois, buscar o diálogo com a oposição na tentativa de aprovar o Orçamento da União para este ano no Congresso. Para conduzir as negociações, os articuladores do Planalto vão se reunir com os líderes aliados na quinta-feira.Do Blog Os Amigos do Presidente Lula
“A prioridade total é a base. Na quinta-feira vamos fazer uma reunião com os líderes dos partidos aliados e conduzir (a negociação) para que a gente tenha maioria”, disse Jucá à tarde, depois de reunir-se com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Múcio (Relações Institucionais). “Mas nós não vamos isolar a oposição, não. Não existe para a gente a expressão cortar relações.”
Jucá disse que o governo vai sugerir cortes no Orçamento para sanar o rombo de R$ 40 bilhões que o fim da CPMF vai provocar. “O governo vai sugerir cortes na máquina do Executivo, mas o corte, sobretudo no Legislativo e no Judiciário, é missão do Congresso”, avisou.
Para ele, os cortes no Orçamento devem ser feitos nas emendas de bancada e não nas individuais. “O corte será trabalhado e proposto pelo relator, que vai discutir com os líderes e suas bases”, disse Jucá, referindo-se ao relator na Comissão Mista de Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE). “As emendas individuais já têm valor definido. O que pode ser analisado é o corte das emendas de comissão e bancada.”
BANQUEIROS
Sobre as críticas da oposição ao aumento da CSLL e do IOF para compensar o fim da CPMF, Jucá foi irônico. “Se a oposição prefere defender os recursos dos bancos em detrimento de recursos para a educação, é legítimo. Vivemos em um regime democrático.” Ele frisou que o governo decidiu aumentar a CSLL porque detectou “haver gordura” no lucro dos bancos. “Eu não vi chiadeira dos bancos. Eu vi políticos reclamando mais do que banqueiros.”
Para o líder, a oposição está fazendo “tempestade em copo d’água”, já que o governo Lula está bem avaliado e a popularidade do presidente está em alta. “A oposição não procura ajudar, mas sim atrapalhar ou, no mínimo, contestar.”
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